Miami - Após enfraquecer durante a madrugada desta quinta-feira (29) e ser rebaixado para uma tempestade tropical, o Ian, um dos maiores fenômenos climáticos dos EUA nos últimos anos, deixou um rastro de estragos que as autoridades tentavam dar a dimensão exata ainda ontem.
As regiões mais críticas estão concentradas nos estados da Flórida, Geórgia, Carolina do Sul e Carolina do Norte, de acordo com informações dos serviços meteorológicos americanos. Os danos são avaliados como históricos, e especialistas alertam para inundações catastróficas com risco de vida.
Na Flórida, o governador Ron DeSantis informou que ao menos duas pessoas morreram, mas disse que ainda não se sabe se há relação direta com o evento climático. Houve mais sete mortes registradas depois. "Nunca tínhamos visto inundações como esta", disse o republicano. "É algo que ocorre uma vez a cada 500 anos."
"Estamos assistindo a uma tempestade que mudou o perfil de uma parte significativa do nosso Estado", disse DeSantis. O governador prevê que a reconstrução local pode levar anos. Ao menos 28 helicópteros passaram o dia realizando resgates aéreos de pessoas em áreas inundadas, e hospitais foram esvaziados.
Áreas como Cape Coral e Fort Myres, cidades palcos de inundações, estão devastadas. Ao longo da manhã desta quinta, mais de 2,6 milhões de casas e estabelecimentos comerciais da Flórida estavam sem energia elétrica, de acordo com o site PowerOutage. A intensidade do Ian também fez com que parques temáticos de Orlando, como os da Disney, fossem fechados.