Por falta de justa remuneração por serviços públicos prestados, a dívida das 1.800 Santas Casas, no País chega a R$ 10 bilhões. E como informa a imprensa, de 2017 a 2021 500 Santas Casas fecharam as portas por falta de recursos. Tudo em função de governos surdos e insensíveis à crônica e angustiante baixa remuneração por serviços prestados a esses hospitais filantrópicos. Que com seus 170 mil leitos e 24 mil unidades de terapia intensiva (UTIs) atendem 61% dos pacientes do SUS, e a rede pública apenas 27%. Que desde 1994 seus serviços foram reajustados em 93%, porém, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor neste período foi de 637%. Se uma diária de UTI custa R$ 2,1 mil, o SUS cobre somente um terço deste valor. Para retirada de tumor na próstata que custa R$ 15,9 mil, o governo paga só R$ 3,9 mil pelo serviço. O governo de São Paulo é o único no País que a partir deste ano complementa verba para Santas Casas viabilizarem seus custos. Ora, por que dos R$ 50 bilhões de orçamentos ditos secretos e excrescentes utilizados pelo Congresso para suas orgias políticas parte destes recursos não são direcionados para o equilíbrio financeiro das Santas Casas? É uma questão humanitária que pode até melhorar o atendimento a dezenas de milhões pacientes brasileiros que passam por esses hospitais filantrópicos.
Oxalá o Congresso conclua, urgentemente, a regulamentação de uma oportuna lei federal (14.820/24) que restabelece a revisão periódica da tabela do SUS para Santas Casas!