Ano de 1997. Eu fazendo Educação Artística, com habilitação em música, na USC, e George Vidal, maestro e multi-instrumentista, me disse: - Você quer cantar e tocar violão? Faça comigo na Clave de Sol. Em 6 meses aprendi o básico de tocar, acordes mais importantes e fáceis, cantar eu sempre soube, afinado, aliás.
O mais legal é que eu escolhia baladas às vezes que tinha piano também, como Take is Bottle, do Faith no More, e eu tocava violão e cantava e ele no piano. Era um doce, educado, tinha um tesão e amor pela música.
Me atendia às vezes às 15h de quintas-feiras, num intervalo de uma aula para outra. Me lembro dele falando em gravar em estúdio, que ele se transformava, era possuído, no bom sentido. O vi várias vezes tocar e adorava a audição que fazia com os alunos no fim de cada ano.
Ultimamente, ele falava que precisava rever composições minhas, me ligou de SP do hospital, dizendo que iríamos fazer a parceria - mostrei umas 20 (fiz 2.000 na pandemia) e ele gostou - e fazer os arranjos. Não deu tempo. Foi musicar no céu. Abraços fraternos à família e amigos mais próximos. Descanse, amigo. Foi muito novo, aos 64 anos. Seu legado foi deixado num oceano gigantesco de alunos e alunas. Missão cumprida!