ESTIAGEM EM BAURU

DAE notifica 30 munícipes e multa dois por desperdício de água

Por André Fleury Moraes | da Redação
| Tempo de leitura: 2 min
André Fleury Moraes
Renato Purini, presidente do DAE, diz que ações são educativas
Renato Purini, presidente do DAE, diz que ações são educativas

O Departamento de Água e Esgoto (DAE) de Bauru já notificou 30 munícipes e multou outros dois por desperdício de água. Os números abrangem o período entre o início do racionamento hídrico, em 9 de maio, a 18 de setembro.

A autarquia já havia sinalizado que intensificaria a fiscalização e aplicaria multas a infratores em período de emergência hídrica.

A multa, explicou ao JC o presidente do DAE Renato Purini (MDB), não é imediata. "Primeiro o trabalho é de conscientização a partir de uma notificação. Só depois, em caso de reincidência, é que há a aplicação do auto de infração", diz Purini.

Tanto as multas como as advertências são formalizadas a partir dos canais de denúncia do DAE. A autarquia, além disso, possui fiscais que também auxiliaram nestes trabalhos - mas a equipe, admite Purini, é enxuta.

"Não fazemos uma caça às bruxas. A principal atuação mira a conscientização, é uma prática educativa", disse.

Embora o racionamento seja restrito à região abastecida pelo Rio Batalha - o equivalente a 27% da população de Bauru -, a multa pelo desperdício pode ser aplicada em qualquer local do município.

"Até porque temos bairros que são abastecidos por poços que têm sofrido oscilações no abastecimento de água. Isso ocorre pelo aumento expressivo no consumo, causado principalmente pelas altas temperaturas. Está muito quente", afirmou o presidente. Bauru, por sinal, atingiu novo recorde de calor nesta quarta-feira (clique aqui e leia mais ou veja na página 5).

O DAE agora se prepara novamente a uma eventual intensificação da estiagem e admite que a situação pode chegar até ao cenário visto há duas semanas, quando a captação da lagoa do Rio Batalha precisou ser interrompida para garantir o mínimo de recarga no reservatório.

"Desde então nós temos atuado com a vazão [de água a partir da lagoa] baixa, com 200 litros por segundo em média. Em situações de normalidade a vazão mais baixa é de 250 [litros por segundo]", diz o presidente.

A medida, segundo ele, visa evitar um esvaziamento rápido do reservatório a fim de garantir que a lagoa permaneça minimamente estável.

De acordo com Purini, outras ações são tomadas concomitantemente a isso. Há mais caminhões-pipa no DAE, por exemplo, e até a Defesa Civil do município contratou emergencialmente esses veículos para garantir mais água - a medida foi necessária porque a reserva orçamentária da autarquia já dá sinais de escassez.

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