SAÚDE

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A fórmula da juventude

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Estudo inédito feito nos Estados Unidos mostra hábitos que podem retardar em até seis anos o envelhecimento

Estudo inédito feito nos Estados Unidos mostra hábitos que podem retardar em até seis anos o envelhecimento

Por Pedro Guimarães | 19/11/2023 | Tempo de leitura: 2 min

Por Pedro Guimarães
19/11/2023 - Tempo de leitura: 2 min

Freepik

Praticar esportes é um dos hábitos que ajudam a cuidar melhor do coração e, portanto retardar o envelhecimento biológico, aponta estudo

Um estudo inédito da Associação Americana do Coração (AHA, do inglês American Heart Association) encontrou uma relação direta entre a saúde do coração e um envelhecimento biológico mais lento.

De acordo com os pesquisadores, as pessoas que se saíram bem no teste com oito medidas para verificar as condições do órgão eram cerca de seis anos mais jovens do que a sua idade cronológica.

E a boa notícia é que, segundo especialistas, a lista ainda pode ser reduzida para apenas quatro comportamentos de vida - e até apenas um.

A pesquisa contou com 6.500 adultos e levou em consideração os marcadores que calculam a chamada PhenoAge, também conhecida como "idade fenotípica".

Para calcular a PhenoAge, médicos identificam nove componentes bioquímicos do sangue, como creatinina, linfócitos, fosfatase alcalina, entre outros, e com base nos resultados, traçam um paralelo entre a condição do coração e a quantidade de anos que a pessoa viveu.

Se o resultado é positivo, é sinal de que o envelhecimento biológico está sendo acelerado, e se é negativo, é indício que a pessoa trata bem o músculo mais importante do corpo humano.

Para avaliar o quanto a pessoa trata bem o coração, os pesquisadores utilizaram o guia "Life's Essential 8", uma lista de verificação com oito medidas essenciais, segundo a AHA, para uma boa saúde ao longo da vida.

São elas:

> comer bem
> fazer atividades físicas
> não fumar
> dormir bem
> manter peso saudável
> controlar o colesterol
> monitorar o açúcar no sangue
> administrar a pressão arterial.

Os cientistas entenderam que quanto maior a adesão às oito medidas elencadas no "checklist", maior era a saúde cardiovascular dos participantes do estudo; e "à medida que a saúde do coração aumenta, o envelhecimento biológico diminui", como conclui Nour Makarem, epidemiologista cardiovascular e professor de Saúde Pública da Universidade de Columbia, que supervisionou a pesquisa.

Apesar dos resultados apresentados na publicação - debatida com mais detalhes durante o congresso "Sessões Científicas" da AHA, na Filadélfia (EUA) -, especialistas ressaltam que o retardamento do envelhecimento biológico não envolve, necessariamente, prolongação da vida ou aparência mais jovem.

"O grande recado do trabalho não é que a gente vive mais seis anos, mas sim que a gente tem uma idade biológica menor, ou seja, a gente pode envelhecer com mais qualidade de vida", explica José Carlos Zanon, presidente do departamento de cardiogeriatria da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC).

DOENÇAS DO CORAÇÃO

O destaque do coração não é por acaso. Nas duas primeiras décadas do século 21, doenças cardíacas foram as principais causadoras de morte no mundo e principalmente no Brasil.

No país, enfermidades cardiovasculares são responsáveis por 30% dos óbitos, de acordo com o Ministério da Saúde, e correspondem ao dobro dos óbitos relacionados a todos os tipos de câncer juntos.

No mundo, a preocupação aumentou à medida que as ocorrências saltaram de 2 milhões no ano 2000 para quase 9 milhões em 2019 - segundo a Organização Mundial de Saúde.

Um estudo inédito da Associação Americana do Coração (AHA, do inglês American Heart Association) encontrou uma relação direta entre a saúde do coração e um envelhecimento biológico mais lento.

De acordo com os pesquisadores, as pessoas que se saíram bem no teste com oito medidas para verificar as condições do órgão eram cerca de seis anos mais jovens do que a sua idade cronológica.

E a boa notícia é que, segundo especialistas, a lista ainda pode ser reduzida para apenas quatro comportamentos de vida - e até apenas um.

A pesquisa contou com 6.500 adultos e levou em consideração os marcadores que calculam a chamada PhenoAge, também conhecida como "idade fenotípica".

Para calcular a PhenoAge, médicos identificam nove componentes bioquímicos do sangue, como creatinina, linfócitos, fosfatase alcalina, entre outros, e com base nos resultados, traçam um paralelo entre a condição do coração e a quantidade de anos que a pessoa viveu.

Se o resultado é positivo, é sinal de que o envelhecimento biológico está sendo acelerado, e se é negativo, é indício que a pessoa trata bem o músculo mais importante do corpo humano.

Para avaliar o quanto a pessoa trata bem o coração, os pesquisadores utilizaram o guia "Life's Essential 8", uma lista de verificação com oito medidas essenciais, segundo a AHA, para uma boa saúde ao longo da vida.

São elas:

> comer bem
> fazer atividades físicas
> não fumar
> dormir bem
> manter peso saudável
> controlar o colesterol
> monitorar o açúcar no sangue
> administrar a pressão arterial.

Os cientistas entenderam que quanto maior a adesão às oito medidas elencadas no "checklist", maior era a saúde cardiovascular dos participantes do estudo; e "à medida que a saúde do coração aumenta, o envelhecimento biológico diminui", como conclui Nour Makarem, epidemiologista cardiovascular e professor de Saúde Pública da Universidade de Columbia, que supervisionou a pesquisa.

Apesar dos resultados apresentados na publicação - debatida com mais detalhes durante o congresso "Sessões Científicas" da AHA, na Filadélfia (EUA) -, especialistas ressaltam que o retardamento do envelhecimento biológico não envolve, necessariamente, prolongação da vida ou aparência mais jovem.

"O grande recado do trabalho não é que a gente vive mais seis anos, mas sim que a gente tem uma idade biológica menor, ou seja, a gente pode envelhecer com mais qualidade de vida", explica José Carlos Zanon, presidente do departamento de cardiogeriatria da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC).

DOENÇAS DO CORAÇÃO

O destaque do coração não é por acaso. Nas duas primeiras décadas do século 21, doenças cardíacas foram as principais causadoras de morte no mundo e principalmente no Brasil.

No país, enfermidades cardiovasculares são responsáveis por 30% dos óbitos, de acordo com o Ministério da Saúde, e correspondem ao dobro dos óbitos relacionados a todos os tipos de câncer juntos.

No mundo, a preocupação aumentou à medida que as ocorrências saltaram de 2 milhões no ano 2000 para quase 9 milhões em 2019 - segundo a Organização Mundial de Saúde.

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