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Escrever pode ajudar a lidar com traumas da vida

Escrever pode ajudar a lidar com traumas da vida

Pesquisadores identificaram que a técnica diminui o estresse

Pesquisadores identificaram que a técnica diminui o estresse

Por Uirá Machado / Danielle Castro | 05/11/2023 | Tempo de leitura: 2 min

Por Uirá Machado / Danielle Castro
05/11/2023 - Tempo de leitura: 2 min

Pexels/Pixabay/Reprodução

Segundo pesquisas, a escrita também diminui os sinais de depressão

Nos anos 1980, uma pesquisa do psicólogo americano James Pennebaker demostrou que a palavra escrita tem poderes terapêuticos: quem escreve durante alguns dias sobre eventos traumáticos da vida tende a sentir benefícios muito claros em sua saúde física e mental.

Quase quatro décadas depois, mais de mil estudos exploraram os achados pioneiros de Pennebaker e da técnica conhecida como escrita expressiva.

Pesquisadores identificaram, por exemplo, redução de estresse e de sinais de depressão, bem como de consumo de cigarro e de álcool; também viram melhora do sono, do sistema imune e do desempenho escolar, assim como diminuição nas visitas a médicos.

Uma das principais explicações para esses resultados está na introspecção. Ao pôr no papel os próprios sentimentos, a pessoa se força a pensar sobre eles, dando-lhes uma organização que não tinham antes.

De forma intuitiva, é o que percebe muita gente que mantém um diário. Que o diga a publicitária e escritora Caroline Castilho. "Escrever ajuda a curar, reconhecer o problema e enfrentar a dor. O papel e a caneta são uma espécie de farol para todos os dias, não importa quão tempestuosos estejam", afirma.

Hoje com 30 anos, ela começou seus diários aos 11. Preocupada em expressar seus pensamentos sem ser vigiada, Caroline procura dar máxima liberdade à sua mão. "Quanto mais intenso é o problema, mais aparece nas páginas. Tenho folhas manchadas de sangue da época que me cortava, tenho registros de contagem de calorias da época que tive transtorno alimentar. Jogo tudo no papel, é a única maneira de exorcizar que conheço".

Embora não existam estudos específicos sobre os "queridos diários", James Pennebaker diz em entrevista à Folha que, na teoria, quem já tem esse hábito pode se beneficiar com mais facilidade da escrita expressiva.

"Eu não encorajo um diário porque a maioria começa, para e acaba se penitenciando por ter parado. E eu quero alcançar todas as pessoas, tanto as que mantêm diário como as que não mantêm. É uma ferramenta acessível para todos, a qualquer momento", diz o psicólogo.

Professor emérito da Universidade do Texas, o próprio Pennebaker não tem um diário. Ele diz que não gosta de escrever quando está tudo bem; se alguma coisa tira seu sono, contudo, recorre à técnica que desenvolveu e, na maior parte das vezes, logo dorme melhor.

De acordo com suas pesquisas, basta escrever de cinco a dez minutos durante três ou quatro dias para os benefícios serem notados. "O simples ato de escrever ajuda a organizar a experiência: põe uma etiqueta nas coisas, resume o que está acontecendo e quase transforma o problema numa história. Isso permite seguir em frente", afirma o psicólogo.

Nos anos 1980, uma pesquisa do psicólogo americano James Pennebaker demostrou que a palavra escrita tem poderes terapêuticos: quem escreve durante alguns dias sobre eventos traumáticos da vida tende a sentir benefícios muito claros em sua saúde física e mental.

Quase quatro décadas depois, mais de mil estudos exploraram os achados pioneiros de Pennebaker e da técnica conhecida como escrita expressiva.

Pesquisadores identificaram, por exemplo, redução de estresse e de sinais de depressão, bem como de consumo de cigarro e de álcool; também viram melhora do sono, do sistema imune e do desempenho escolar, assim como diminuição nas visitas a médicos.

Uma das principais explicações para esses resultados está na introspecção. Ao pôr no papel os próprios sentimentos, a pessoa se força a pensar sobre eles, dando-lhes uma organização que não tinham antes.

De forma intuitiva, é o que percebe muita gente que mantém um diário. Que o diga a publicitária e escritora Caroline Castilho. "Escrever ajuda a curar, reconhecer o problema e enfrentar a dor. O papel e a caneta são uma espécie de farol para todos os dias, não importa quão tempestuosos estejam", afirma.

Hoje com 30 anos, ela começou seus diários aos 11. Preocupada em expressar seus pensamentos sem ser vigiada, Caroline procura dar máxima liberdade à sua mão. "Quanto mais intenso é o problema, mais aparece nas páginas. Tenho folhas manchadas de sangue da época que me cortava, tenho registros de contagem de calorias da época que tive transtorno alimentar. Jogo tudo no papel, é a única maneira de exorcizar que conheço".

Embora não existam estudos específicos sobre os "queridos diários", James Pennebaker diz em entrevista à Folha que, na teoria, quem já tem esse hábito pode se beneficiar com mais facilidade da escrita expressiva.

"Eu não encorajo um diário porque a maioria começa, para e acaba se penitenciando por ter parado. E eu quero alcançar todas as pessoas, tanto as que mantêm diário como as que não mantêm. É uma ferramenta acessível para todos, a qualquer momento", diz o psicólogo.

Professor emérito da Universidade do Texas, o próprio Pennebaker não tem um diário. Ele diz que não gosta de escrever quando está tudo bem; se alguma coisa tira seu sono, contudo, recorre à técnica que desenvolveu e, na maior parte das vezes, logo dorme melhor.

De acordo com suas pesquisas, basta escrever de cinco a dez minutos durante três ou quatro dias para os benefícios serem notados. "O simples ato de escrever ajuda a organizar a experiência: põe uma etiqueta nas coisas, resume o que está acontecendo e quase transforma o problema numa história. Isso permite seguir em frente", afirma o psicólogo.

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