SAÚDE

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Jejum intermitente: conheça prós e contras antes de fazer

Jejum intermitente: conheça prós e contras antes de fazer

Dieta com longos períodos sem alimentação não é recomendada para qualquer pessoa

Dieta com longos períodos sem alimentação não é recomendada para qualquer pessoa

Por Evelin Azevedo | 29/10/2023 | Tempo de leitura: 2 min

Por Evelin Azevedo
29/10/2023 - Tempo de leitura: 2 min

Reprodução

Não há dúvidas de que o jejum intermitente, a dieta que prega intercalar horas e horas sem comer nem beber com momentos específicos para alimentação, virou febre entre os brasileiros. Mas é também uma das mais controversas: há quem condene o método drástico de fechar a boca por longos períodos e quem afirme que é um dos regimes mais eficazes e saudáveis que existem.

Um estudo feito por pesquisadores da Universidade de Adelaide e do Instituto de Pesquisa em Saúde e Medicina do Sul da Austrália, publicado na revista "Nature medicine", mostrou que o jejum intermitente pode ser mais benéfico na redução do risco de diabetes tipo 2 do que uma dieta comum de restrição de calorias. O trabalho, que contou com 209 voluntários, apontou que as pessoas que fizeram três dias de jejum intermitente não consecutivos - com uma janela de alimentação apenas das 8h às 12h - apresentaram maior tolerância à glicose após seis meses do que aqueles com dieta diária de baixa caloria.

"Os participantes que seguiram a dieta de jejum intermitente foram mais sensíveis à insulina e também experimentaram uma redução maior nos lipídios do sangue do que aqueles na dieta de baixa caloria", disse, em comunicado, Leonie Heilbronn, uma das autoras do estudo e professora da Escola de Medicina da Universidade de Adelaide.

ALZHEIMER

O diabetes tipo 2 ocorre quando nossas células não respondem de forma eficaz à insulina e o corpo perde a capacidade de produzir o hormônio, responsável pelo controle da glicose no sangue. Um outro estudo, feito por pesquisadores da Escola de Medicina da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, concluiu que o jejum intermitente pode ajudar a retardar o aparecimento do Alzheimer. Uma das características desta doença neurodegenerativa é a perturbação do ritmo circadiano do corpo, o relógio biológico que regula muitos dos nossos processos fisiológicos. Quase 80% das pessoas com Alzheimer apresentam esses problemas, incluindo dificuldade para dormir e piora da função cognitiva à noite.

Publicado na revista científica "Cell metabolism", o trabalho mostra que os pesquisadores conseguiram corrigir o ciclo circadiano de ratos com a alimentação com restrição de tempo, um tipo de jejum intermitente focado em limitar a janela diária de alimentação sem interferir na quantidade de comida consumida. Os roedores que foram alimentados em um horário com restrição de tempo mostraram melhorias na memória e redução no acúmulo de proteínas amiloides no cérebro. Os autores esperam que essas descobertas culminem em um ensaio clínico em humanos.

A maioria dos estudos sobre jejum intermitente foi feita em modelo animal, ou seja, não houve testes com seres humanos. Por isso, especialistas da área ponderam que os resultados benéficos da prática devem ser avaliados com cautela, já que há diferenças entre os organismos humano e animal.

Não há dúvidas de que o jejum intermitente, a dieta que prega intercalar horas e horas sem comer nem beber com momentos específicos para alimentação, virou febre entre os brasileiros. Mas é também uma das mais controversas: há quem condene o método drástico de fechar a boca por longos períodos e quem afirme que é um dos regimes mais eficazes e saudáveis que existem.

Um estudo feito por pesquisadores da Universidade de Adelaide e do Instituto de Pesquisa em Saúde e Medicina do Sul da Austrália, publicado na revista "Nature medicine", mostrou que o jejum intermitente pode ser mais benéfico na redução do risco de diabetes tipo 2 do que uma dieta comum de restrição de calorias. O trabalho, que contou com 209 voluntários, apontou que as pessoas que fizeram três dias de jejum intermitente não consecutivos - com uma janela de alimentação apenas das 8h às 12h - apresentaram maior tolerância à glicose após seis meses do que aqueles com dieta diária de baixa caloria.

"Os participantes que seguiram a dieta de jejum intermitente foram mais sensíveis à insulina e também experimentaram uma redução maior nos lipídios do sangue do que aqueles na dieta de baixa caloria", disse, em comunicado, Leonie Heilbronn, uma das autoras do estudo e professora da Escola de Medicina da Universidade de Adelaide.

ALZHEIMER

O diabetes tipo 2 ocorre quando nossas células não respondem de forma eficaz à insulina e o corpo perde a capacidade de produzir o hormônio, responsável pelo controle da glicose no sangue. Um outro estudo, feito por pesquisadores da Escola de Medicina da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, concluiu que o jejum intermitente pode ajudar a retardar o aparecimento do Alzheimer. Uma das características desta doença neurodegenerativa é a perturbação do ritmo circadiano do corpo, o relógio biológico que regula muitos dos nossos processos fisiológicos. Quase 80% das pessoas com Alzheimer apresentam esses problemas, incluindo dificuldade para dormir e piora da função cognitiva à noite.

Publicado na revista científica "Cell metabolism", o trabalho mostra que os pesquisadores conseguiram corrigir o ciclo circadiano de ratos com a alimentação com restrição de tempo, um tipo de jejum intermitente focado em limitar a janela diária de alimentação sem interferir na quantidade de comida consumida. Os roedores que foram alimentados em um horário com restrição de tempo mostraram melhorias na memória e redução no acúmulo de proteínas amiloides no cérebro. Os autores esperam que essas descobertas culminem em um ensaio clínico em humanos.

A maioria dos estudos sobre jejum intermitente foi feita em modelo animal, ou seja, não houve testes com seres humanos. Por isso, especialistas da área ponderam que os resultados benéficos da prática devem ser avaliados com cautela, já que há diferenças entre os organismos humano e animal.

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