REINTEGRAÇÃO

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Sede social do Parquinho é demolida para construção de marginal em Bauru

Sede social do Parquinho é demolida para construção de marginal em Bauru

Clube de futebol amador estava no terreno há 30 anos; ViaRondon obteve mandado de reintegração de posse na Justiça

Clube de futebol amador estava no terreno há 30 anos; ViaRondon obteve mandado de reintegração de posse na Justiça

Por Larissa Bastos | 26/10/2023 | Tempo de leitura: 2 min
da Redação
Atualizada às 8h

Por Larissa Bastos
da Redação

26/10/2023 - Tempo de leitura: 2 min
Atualizada às 8h

Reprodução

Máquinas demoliram a sede do Parqunho

A concessionária ViaRondon demoliu, na quarta-feira (25), a sede social do Parquinho Futebol Clube (PFC), no Parque Vista Alegre, em Bauru, para continuidade da implantação das marginais da rodovia Marechal Rondon (SP-300). Apesar da empresa ter obtido autorização judicial para a ação, dirigentes do conhecido time de futebol amador reclamam que não tiveram prazo para desocupar o local.

A sede funciona há décadas no ponto, desde a publicação da lei que autorizou a doação do espaço ao clube, em 1982. No entanto, segundo um documento do Poder Executivo a que o JC teve acesso, o repasse (alienação) do bem não foi efetivamente concretizado ao longo dos anos. Assim, o terreno permaneceu sob posse do município e a ocupação passou a ser considerada, em tese, irregular.

Diante da necessidade do uso do trecho para implantação das vias marginais, a prefeita Suéllen Rosim (PSD) decretou, em 18 de outubro último, autorização do uso gratuito da área pela concessionária.

No dia seguinte, a ViaRondon entrou na Justiça com pedido de reintegração de posse do terreno em caráter de urgência para prosseguimento das obras, que devem ser finalizadas até 20 de dezembro próximo.

A solicitação da concessionária foi concedida na terça-feira (24) pela juíza Elaine Cristina Storino Leoni, da 2.ª Vara da Fazenda Pública de Bauru, com determinação da desocupação total da área.

E foi exatamente o que ocorreu. De acordo com Valdecir Novais da Silva, presidente do Parquinho há 23 anos, oficiais de Justiça chegaram no endereço com a decisão judicial em mãos acompanhados de, segundo ele, cinco viaturas da Polícia Militar (PM).

"Sequer tivemos prazo para retirar as coisas. Tiramos apenas geladeira, freezer, alguns engradados e os troféus do clube. Nossa intenção era tentar reaproveitar torneiras, telhas, fiação, vigas, entre outros. Mas, em menos de meia hora, eles derrubaram tudo o que foi construído com doações de torcedores ao longo desses 30 anos no local", afirma o presidente.

"Agora, estamos conversando com a prefeitura, inclusive com advogados, em busca de outro terreno para ser doado ao clube. Mas, sem um lugar para ações de arrecadação de recursos e somente com doações, acredito que não teremos condições financeiras de construir uma nova sede. Não sei como vamos fazer", lamenta Silva.

Procurada, a ViaRondon não enviou posicionamento até o fechamento desta edição do JC, às 21h. Há informações de que a concessionária ofereceu a construção de outra sede em novo local, caso o Parquinho consiga um terreno com a prefeitura.

A concessionária ViaRondon demoliu, na quarta-feira (25), a sede social do Parquinho Futebol Clube (PFC), no Parque Vista Alegre, em Bauru, para continuidade da implantação das marginais da rodovia Marechal Rondon (SP-300). Apesar da empresa ter obtido autorização judicial para a ação, dirigentes do conhecido time de futebol amador reclamam que não tiveram prazo para desocupar o local.

A sede funciona há décadas no ponto, desde a publicação da lei que autorizou a doação do espaço ao clube, em 1982. No entanto, segundo um documento do Poder Executivo a que o JC teve acesso, o repasse (alienação) do bem não foi efetivamente concretizado ao longo dos anos. Assim, o terreno permaneceu sob posse do município e a ocupação passou a ser considerada, em tese, irregular.

Diante da necessidade do uso do trecho para implantação das vias marginais, a prefeita Suéllen Rosim (PSD) decretou, em 18 de outubro último, autorização do uso gratuito da área pela concessionária.

No dia seguinte, a ViaRondon entrou na Justiça com pedido de reintegração de posse do terreno em caráter de urgência para prosseguimento das obras, que devem ser finalizadas até 20 de dezembro próximo.

A solicitação da concessionária foi concedida na terça-feira (24) pela juíza Elaine Cristina Storino Leoni, da 2.ª Vara da Fazenda Pública de Bauru, com determinação da desocupação total da área.

E foi exatamente o que ocorreu. De acordo com Valdecir Novais da Silva, presidente do Parquinho há 23 anos, oficiais de Justiça chegaram no endereço com a decisão judicial em mãos acompanhados de, segundo ele, cinco viaturas da Polícia Militar (PM).

"Sequer tivemos prazo para retirar as coisas. Tiramos apenas geladeira, freezer, alguns engradados e os troféus do clube. Nossa intenção era tentar reaproveitar torneiras, telhas, fiação, vigas, entre outros. Mas, em menos de meia hora, eles derrubaram tudo o que foi construído com doações de torcedores ao longo desses 30 anos no local", afirma o presidente.

"Agora, estamos conversando com a prefeitura, inclusive com advogados, em busca de outro terreno para ser doado ao clube. Mas, sem um lugar para ações de arrecadação de recursos e somente com doações, acredito que não teremos condições financeiras de construir uma nova sede. Não sei como vamos fazer", lamenta Silva.

Procurada, a ViaRondon não enviou posicionamento até o fechamento desta edição do JC, às 21h. Há informações de que a concessionária ofereceu a construção de outra sede em novo local, caso o Parquinho consiga um terreno com a prefeitura.

Sede social do Parquinho (antes da demolição), no Parque Vista Alegre, ao lado do Cartolão (crédito: Reprodução)

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1 COMENTÁRIOS

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  • Alcides oldani chamorro
    27/10/2023
    Uma pena mas infelizmente uma decisão judicial. Agora é trabalhar e conseguir se reerguer a sede do clube mais vencedor e tradicional do futebol amador de bauru. Vai parquinho estou torcendo pra que dê tudo certo