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ACIDENTE
ACIDENTE
Cavalo na pista: ‘não sei como saí com vida’, afirma sobrevivente de acidente
Cavalo na pista: ‘não sei como saí com vida’, afirma sobrevivente de acidente
Maíra estava no banco do passageiro de carro conduzido por amigo, que morreu no local
Maíra estava no banco do passageiro de carro conduzido por amigo, que morreu no local
Arquivo pessoal

"Foi muito rápido! Senti o impacto da batida, ainda sem saber o que era, e capotamos com o carro em direção ao matagal do acostamento. Não sei como saí daquele carro com vida. Aquele cavalo solto matou o meu amigo". O relato é da bauruense Maíra Godoi Tonello, 43 anos, que sobreviveu ao acidente ocorrido na madrugada deste domingo (21), após o Ford Ka em que ela estava com Ricardo Garcia, 42 anos, atingir o equino em rodovia do município. Ela escapou sem ferimentos, mas o amigo de longa data não resistiu.
Conforme o JC noticiou, a colisão aconteceu no quilômetro 348 da Cezário José de Castilho (SP-321), a Bauru-Iacanga, na região do bairro Vargem Limpa, em Bauru. Um outro automóvel, com dois ocupantes que não se feriram, também colheu o animal, que não sobreviveu.
Maíra contou que ela e Ricardo eram amigos há mais de 10 anos e que voltavam de passeio em Arealva. "Estávamos com o cinto de segurança, era noite e eu não enxerguei no que batemos. O Ricardo até tentou desviar, mas não deu tempo. Depois de atingirmos em alguma coisa, o carro capotou ao menos duas vezes, não sei ao certo. Ficamos no acostamento de ponta-cabeça. O mato entrou no carro e cobriu parcialmente o Ricardo. Eu chamei ele, mexi, peguei no braço, mas não senti a pulsação", recorda, com a tristeza, ao descobrir ali que o amigo havia morrido ao seu lado.
Ela, então, conseguiu sair do carro, verificou se havia se lesionado e depois foi em direção ao acostamento para pedir socorro. Antes de conseguir ajuda, viu um Fiat Uno também atingir o animal, que desta vez estava caído. Ela pede que a morte de Ricardo mobilize o poder público e as autoridades para evitar que isso aconteça novamente.
RICARDO GARCIA
Ainda segundo Maíra, Ricardo Garcia, "Ratão" para os amigos, dividia o amor com as quatro filhas, os demais familiares, a sua profissão de tatuador e o jiu-jítsu, arte marcial na qual era faixa-preta e professor. Ele tinha um projeto social que ensinava o esporte para crianças e jovens de baixa renda no Núcleo Gasparini.
NA CÂMARA
O vereador Marcelo Afonso (Patriotas) repercutiu na sessão da Câmara o acidente publicado pelo JC. O parlamentar disse que vai cobrar do Executivo uma maior fiscalização para que se cumpra a Lei.
Afonso afirmou ainda que enviará ofícios para todas as concessionárias que administram as rodovias que cortam Bauru, com o objetivo de reforçar a prevenção e fiscalização.
FRIO
Não há estudo científico, mas policiais militares rodoviários com décadas de experiência relatam que a baixa temperatura faz com que aumente o número de animais invadindo as rodovias e provocando acidentes.
Os bichos procuram as pistas pela sensação térmica, em busca de aquecimento, já que elas estão mais quentes do que o pasto onde ficam.
A LEI
A Lei Municipal N º 7.055, de 23 de abril de 2018, proíbe a criação de animais de grande porte dentro do perímetro urbano de Bauru. A fiscalização se mostra insuficiente para diversos bauruenses que deixaram comentários nas redes sociais do JC, reclamando de casos semelhantes e novas "tragédias anunciadas" nos bairros e rodovias. Segundo uma inserção feita em 2020 ao texto original, a multa por descumprimento e taxa cobrada (com acréscimo de IPCA) para os serviços de remoção e registros é de R$ 350 e as diárias de R$ 100 limitadas a cinco, no Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), referentes a equinos, bovinos, muares, asininos, caprinos, suínos e ovinos.
A Lei foi criada pelos vereadores Coronel Meira (União Brasil) e Yasmim Nascimento (PSC) e recebeu, na época, o apoio de todos os parlamentares, além do então prefeito Clodoaldo Gazzetta (PSDB). O documento foi aprovado também pelo Conselho Municipal de Proteção e Defesa dos Animais (Comupda).
Denúncias de criações irregulares devem ser denunciadas ao CCZ pelo telefone (14) 3103-8050.
"Foi muito rápido! Senti o impacto da batida, ainda sem saber o que era, e capotamos com o carro em direção ao matagal do acostamento. Não sei como saí daquele carro com vida. Aquele cavalo solto matou o meu amigo". O relato é da bauruense Maíra Godoi Tonello, 43 anos, que sobreviveu ao acidente ocorrido na madrugada deste domingo (21), após o Ford Ka em que ela estava com Ricardo Garcia, 42 anos, atingir o equino em rodovia do município. Ela escapou sem ferimentos, mas o amigo de longa data não resistiu.
Conforme o JC noticiou, a colisão aconteceu no quilômetro 348 da Cezário José de Castilho (SP-321), a Bauru-Iacanga, na região do bairro Vargem Limpa, em Bauru. Um outro automóvel, com dois ocupantes que não se feriram, também colheu o animal, que não sobreviveu.
Maíra contou que ela e Ricardo eram amigos há mais de 10 anos e que voltavam de passeio em Arealva. "Estávamos com o cinto de segurança, era noite e eu não enxerguei no que batemos. O Ricardo até tentou desviar, mas não deu tempo. Depois de atingirmos em alguma coisa, o carro capotou ao menos duas vezes, não sei ao certo. Ficamos no acostamento de ponta-cabeça. O mato entrou no carro e cobriu parcialmente o Ricardo. Eu chamei ele, mexi, peguei no braço, mas não senti a pulsação", recorda, com a tristeza, ao descobrir ali que o amigo havia morrido ao seu lado.
Ela, então, conseguiu sair do carro, verificou se havia se lesionado e depois foi em direção ao acostamento para pedir socorro. Antes de conseguir ajuda, viu um Fiat Uno também atingir o animal, que desta vez estava caído. Ela pede que a morte de Ricardo mobilize o poder público e as autoridades para evitar que isso aconteça novamente.
RICARDO GARCIA
Ainda segundo Maíra, Ricardo Garcia, "Ratão" para os amigos, dividia o amor com as quatro filhas, os demais familiares, a sua profissão de tatuador e o jiu-jítsu, arte marcial na qual era faixa-preta e professor. Ele tinha um projeto social que ensinava o esporte para crianças e jovens de baixa renda no Núcleo Gasparini.
NA CÂMARA
O vereador Marcelo Afonso (Patriotas) repercutiu na sessão da Câmara o acidente publicado pelo JC. O parlamentar disse que vai cobrar do Executivo uma maior fiscalização para que se cumpra a Lei.
Afonso afirmou ainda que enviará ofícios para todas as concessionárias que administram as rodovias que cortam Bauru, com o objetivo de reforçar a prevenção e fiscalização.
FRIO
Não há estudo científico, mas policiais militares rodoviários com décadas de experiência relatam que a baixa temperatura faz com que aumente o número de animais invadindo as rodovias e provocando acidentes.
Os bichos procuram as pistas pela sensação térmica, em busca de aquecimento, já que elas estão mais quentes do que o pasto onde ficam.
A LEI
A Lei Municipal N º 7.055, de 23 de abril de 2018, proíbe a criação de animais de grande porte dentro do perímetro urbano de Bauru. A fiscalização se mostra insuficiente para diversos bauruenses que deixaram comentários nas redes sociais do JC, reclamando de casos semelhantes e novas "tragédias anunciadas" nos bairros e rodovias. Segundo uma inserção feita em 2020 ao texto original, a multa por descumprimento e taxa cobrada (com acréscimo de IPCA) para os serviços de remoção e registros é de R$ 350 e as diárias de R$ 100 limitadas a cinco, no Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), referentes a equinos, bovinos, muares, asininos, caprinos, suínos e ovinos.
A Lei foi criada pelos vereadores Coronel Meira (União Brasil) e Yasmim Nascimento (PSC) e recebeu, na época, o apoio de todos os parlamentares, além do então prefeito Clodoaldo Gazzetta (PSDB). O documento foi aprovado também pelo Conselho Municipal de Proteção e Defesa dos Animais (Comupda).
Denúncias de criações irregulares devem ser denunciadas ao CCZ pelo telefone (14) 3103-8050.

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#EDIÇÃO_496 - 02/06/2023

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