COLUNISTAS

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Família

Família

Por Hugo Evandro Silveira | 14/05/2023 | Tempo de leitura: 4 min
Pastor Titular - Igreja Batista do Estoril

Por Hugo Evandro Silveira
Pastor Titular - Igreja Batista do Estoril

14/05/2023 - Tempo de leitura: 4 min

Pelo menos há um século, vários movimentos de luta pelos chamados direitos humanos têm propagado que a família, da forma como a conhecemos, é meramente um estágio primitivo no processo evolutivo, algo que precisa ser transcendido e depois abandonado por outras formas mais desenvolvidas de organização social, abrindo espaço para uma "liberdade" sexual maior. Nesse aspecto, há algumas décadas o movimento feminista tem defendido a abolição total da família conservadora. Mas essa linha de pensamento tem levado o ocidente ao caminho da autodestruição. O declínio demográfico das nações ocidentais é apenas um dos pilares arruinados. Estamos diante de uma destruição iminente devido à hostilidade contra essa instituição primária de Deus, a família.

O feminismo radical considera a família bíblica uma forma de escravidão para as mulheres. Mas o fato - e a história comprova - é que a família no modelo bíblico, ao contrário da consideração dos ideológicos movimentos contemporâneos, entrou em cena como uma força libertadora dos membros da família. O modelo de família encontrado nos povos pagãos não honrava a mulher nem a criança. Por exemplo, no Império Romano um pai tinha poder sobre a vida e a morte de uma criança e podia deserdar sua esposa livremente. A sociedade dos nossos dias tem facilmente esquecido o quanto é devedora ao cristianismo e ao modelo bíblico de família, no que diz respeito à estabilidade social, direitos e liberdades. O caminho traçado pelo cristianismo para se alcançar a justiça, a ordem, o direito e o bem comum no seio da família tem sido amplamente negligenciado pelos atuais movimentos ideológicos.

O que tem ocorrido na sociedade ocidental através da educação, dos tribunais e de toda reengenharia social é um esforço revolucionário para desfazer tudo o que a ética cristã plantou em beneficio do homem e da mulher. Tem-se tentado, a todo custo, minar a visão bíblica de família, em especial a respeito do casamento monogâmico, promovendo o chamado "poliamor". O casamento bíblico, processado na cosmovisão da tradição judaico-cristã, é estruturado em ordem, liberdade e respeito: É heterossexual: "Por isso, deixará o homem, seu pai e sua mãe e se unirá à sua mulher..." (Gn 2.24). É monogâmico: "Por isso deixará o homem seu pai e sua mãe e se unirá à sua mulher..." (Gn 2.24). E é monossomático (unidade em um corpo): "... e se tornarão uma só carne." (Gn 2.24).

Nesse aspecto a revelação bíblica é relevante para todos os âmbitos da vida e que, quando Cristo nos redime através da sua morte expiatória, chama-nos à vida em toda a sua plenitude (Jo 10.10). O termo "salvação", na raiz latina, significa totalidade, de modo que Cristo nos chama da nossa vida decaída, do caminho da morte, para a totalidade do caminho da vida. Ele refaz o nosso pensamento e a nossa vivência, em submissão à sua Palavra. Por isso Jesus não veio simplesmente para redimir nossas almas, mas a totalidade de nossa pessoa, a fim de reconciliar todas as coisas consigo mesmo e, assim, suas promessas de aliança se estendem a nós, a nossos filhos e aos filhos de nossos filhos. Todo esse movimento da influência abrangente de Deus em nossas vidas afeta amplamente a estrutura da família, tornando-a estável, abençoadora, feliz, liberta (não libertina), ordeira, graciosa, sendo base para a vida em todos os seus aspectos.

Tedd Tripp, pastor de família, comenta que Efésios 5 descreve a família do jeito bíblico e da forma comum. Afirma que os maridos são chamados a exercer uma liderança amorosa e piedosa em servir, em dar a vida como um sacrifício vivo. O maior presente que um marido pode dar à sua esposa é amar a Deus acima de todas as coisas, pois assim amará consequentemente sua esposa como ama a si mesmo (Mateus 22.37-39). Que responsabilidade! E isso não é uma questão de competência; afirma Tripp que o marido pode ter uma educação de oitava série e sua esposa um diploma universitário que, ainda assim, o ambiente no lar deverá ser equilibrado, respeitoso, repleto de amor, benignidade e complacência - cada membro exercendo a sua função responsavelmente. Nesse sentido, a esposa também respeitará, honrará e amará seu marido. Por fim, segundo Efésios 6, tudo correrá bem com a criança que honra pai e mãe, porque, antes de tudo, foi ensinada a obedecer e honrar. Logo, filhos honram e obedecem porque, a priori, foram ensinados a honrar e obedecer. Assim a família desfrutará de paz, harmonia, alegria, respeito, amor, honra, equilíbrio - valores divinos que tem faltado na grande maioria das famílias atuais.

IGREJA BATISTA DO ESTORIL

61 anos Atuando Soli Deo Gloria

Pelo menos há um século, vários movimentos de luta pelos chamados direitos humanos têm propagado que a família, da forma como a conhecemos, é meramente um estágio primitivo no processo evolutivo, algo que precisa ser transcendido e depois abandonado por outras formas mais desenvolvidas de organização social, abrindo espaço para uma "liberdade" sexual maior. Nesse aspecto, há algumas décadas o movimento feminista tem defendido a abolição total da família conservadora. Mas essa linha de pensamento tem levado o ocidente ao caminho da autodestruição. O declínio demográfico das nações ocidentais é apenas um dos pilares arruinados. Estamos diante de uma destruição iminente devido à hostilidade contra essa instituição primária de Deus, a família.

O feminismo radical considera a família bíblica uma forma de escravidão para as mulheres. Mas o fato - e a história comprova - é que a família no modelo bíblico, ao contrário da consideração dos ideológicos movimentos contemporâneos, entrou em cena como uma força libertadora dos membros da família. O modelo de família encontrado nos povos pagãos não honrava a mulher nem a criança. Por exemplo, no Império Romano um pai tinha poder sobre a vida e a morte de uma criança e podia deserdar sua esposa livremente. A sociedade dos nossos dias tem facilmente esquecido o quanto é devedora ao cristianismo e ao modelo bíblico de família, no que diz respeito à estabilidade social, direitos e liberdades. O caminho traçado pelo cristianismo para se alcançar a justiça, a ordem, o direito e o bem comum no seio da família tem sido amplamente negligenciado pelos atuais movimentos ideológicos.

O que tem ocorrido na sociedade ocidental através da educação, dos tribunais e de toda reengenharia social é um esforço revolucionário para desfazer tudo o que a ética cristã plantou em beneficio do homem e da mulher. Tem-se tentado, a todo custo, minar a visão bíblica de família, em especial a respeito do casamento monogâmico, promovendo o chamado "poliamor". O casamento bíblico, processado na cosmovisão da tradição judaico-cristã, é estruturado em ordem, liberdade e respeito: É heterossexual: "Por isso, deixará o homem, seu pai e sua mãe e se unirá à sua mulher..." (Gn 2.24). É monogâmico: "Por isso deixará o homem seu pai e sua mãe e se unirá à sua mulher..." (Gn 2.24). E é monossomático (unidade em um corpo): "... e se tornarão uma só carne." (Gn 2.24).

Nesse aspecto a revelação bíblica é relevante para todos os âmbitos da vida e que, quando Cristo nos redime através da sua morte expiatória, chama-nos à vida em toda a sua plenitude (Jo 10.10). O termo "salvação", na raiz latina, significa totalidade, de modo que Cristo nos chama da nossa vida decaída, do caminho da morte, para a totalidade do caminho da vida. Ele refaz o nosso pensamento e a nossa vivência, em submissão à sua Palavra. Por isso Jesus não veio simplesmente para redimir nossas almas, mas a totalidade de nossa pessoa, a fim de reconciliar todas as coisas consigo mesmo e, assim, suas promessas de aliança se estendem a nós, a nossos filhos e aos filhos de nossos filhos. Todo esse movimento da influência abrangente de Deus em nossas vidas afeta amplamente a estrutura da família, tornando-a estável, abençoadora, feliz, liberta (não libertina), ordeira, graciosa, sendo base para a vida em todos os seus aspectos.

Tedd Tripp, pastor de família, comenta que Efésios 5 descreve a família do jeito bíblico e da forma comum. Afirma que os maridos são chamados a exercer uma liderança amorosa e piedosa em servir, em dar a vida como um sacrifício vivo. O maior presente que um marido pode dar à sua esposa é amar a Deus acima de todas as coisas, pois assim amará consequentemente sua esposa como ama a si mesmo (Mateus 22.37-39). Que responsabilidade! E isso não é uma questão de competência; afirma Tripp que o marido pode ter uma educação de oitava série e sua esposa um diploma universitário que, ainda assim, o ambiente no lar deverá ser equilibrado, respeitoso, repleto de amor, benignidade e complacência - cada membro exercendo a sua função responsavelmente. Nesse sentido, a esposa também respeitará, honrará e amará seu marido. Por fim, segundo Efésios 6, tudo correrá bem com a criança que honra pai e mãe, porque, antes de tudo, foi ensinada a obedecer e honrar. Logo, filhos honram e obedecem porque, a priori, foram ensinados a honrar e obedecer. Assim a família desfrutará de paz, harmonia, alegria, respeito, amor, honra, equilíbrio - valores divinos que tem faltado na grande maioria das famílias atuais.

IGREJA BATISTA DO ESTORIL

61 anos Atuando Soli Deo Gloria

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