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PERDA DE R$ 3BI
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Estado não tem previsão para cumprir cronograma de ampliação de leitos
Estado não tem previsão para cumprir cronograma de ampliação de leitos
Em reunião com secretário estadual, parlamentares foram informados de que não há previsão no orçamento para este investimento
Em reunião com secretário estadual, parlamentares foram informados de que não há previsão no orçamento para este investimento
Divulgação

O governo do Estado de São Paulo não deverá cumprir o cronograma de ampliação de leitos anunciado pela gestão anterior tanto no Hospital das Clínicas (HC) quanto no Hospital Manoel de Abreu, em Bauru. A notícia foi dada pelo atual secretário de Estado da Saúde, Eleuses Paiva, no último dia 7/3, ao então deputado estadual Raul Gonçalves Paula e os vereadores Junior Lokadora, Coronel Meira, Marcelo Afonso e Eduardo Borgo, segundo informaram os participantes da reunião.
A informação traz preocupação para as autoridades e a população da cidade, já que o município somava, nesta terça-feira (14), 47 pessoas aguardando, no Pronto-Socorro Central ou nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), vaga para internação em hospitais do Estado. Problema crônico de Bauru, a falta de leitos hospitalares voltou ao centro dos debates nesta segunda-feira (13), quando Ana Júlia Alves Antonio, 9 anos, morreu na UPA do Bela Vista esperando pela liberação de uma vaga de internação, o que só ocorreu três horas após ela perder a vida.
De acordo com Lokadora, que é presidente da Comissão de Meio Ambiente, Higiene, Saúde e Previdência da Câmara Municipal, e Raul, Eleuses Paiva revelou que o orçamento da pasta foi reduzido de R$ 31 bilhões, em 2022, para R$ 27,8 bilhões, em 2023, e que governo anterior não reservou recursos para aumentar a capacidade de atendimento das duas unidades hospitalares de Bauru.
Por meio de nota, a secretaria informou que "os valores podem ser revistos no decorrer do ano vigente, de acordo com a necessidade e com os recursos disponíveis nas contas públicas do Estado". A tendência, contudo, é que o cronograma previsto pelo então governador Rodrigo Garcia, em 2022, não seja cumprido.
ATRASO
Vale lembrar que, em agosto de 2022, ele anunciou que o HC teria 96 leitos até o fim daquele ano e que estaria em pleno funcionamento até o encerramento de 2023, com 174 leitos, além dos 91 do Centrinho, que foi integrado ao complexo. A unidade, porém, opera com apenas 30 leitos, sendo 10 de UTI, desde quando começou a funcionar como hospital geral, em agosto do ano passado.
O Manoel de Abreu também conta com 30 leitos para cuidados prolongados, além de tratamento em tisiologia (tuberculose) e psiquiatria, sendo que a previsão era de que alcançasse a metade do total de 79 vagas até julho de 2022. "Ficamos estarrecidos com as informações que recebemos. O custeio dos leitos anunciados não está no orçamento deste ano, que, por regra, é definido no ano anterior. E Bauru tem um déficit de 61 leitos de UTI, se considerarmos o que preconiza a Organização Mundial de Saúde (OMS)", aponta Raul.
Junior Lokadora também reproduziu ao JC a mesma fala feita pelo secretário e acrescentou que, além da dificuldade para ampliar leitos no HC e Manoel de Abreu, a pasta também não possui, até o momento, recursos para a necessária reforma do Hospital de Base. "É algo muito preocupante. Diante desse contexto, ele reforçou que Bauru deveria providenciar um hospital municipal", frisa.
Durante a reunião, Raul e os vereadores entregaram uma lista sobre os investimentos de que hospitais públicos de Bauru e região precisam, elaborada durante audiência pública realizada no último dia 24 de fevereiro, na Casa do Médico. O secretário, de acordo com o ex-deputado, disse que irá avaliar os pedidos e se manifestar em 90 dias.
O governo do Estado de São Paulo não deverá cumprir o cronograma de ampliação de leitos anunciado pela gestão anterior tanto no Hospital das Clínicas (HC) quanto no Hospital Manoel de Abreu, em Bauru. A notícia foi dada pelo atual secretário de Estado da Saúde, Eleuses Paiva, no último dia 7/3, ao então deputado estadual Raul Gonçalves Paula e os vereadores Junior Lokadora, Coronel Meira, Marcelo Afonso e Eduardo Borgo, segundo informaram os participantes da reunião.
A informação traz preocupação para as autoridades e a população da cidade, já que o município somava, nesta terça-feira (14), 47 pessoas aguardando, no Pronto-Socorro Central ou nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), vaga para internação em hospitais do Estado. Problema crônico de Bauru, a falta de leitos hospitalares voltou ao centro dos debates nesta segunda-feira (13), quando Ana Júlia Alves Antonio, 9 anos, morreu na UPA do Bela Vista esperando pela liberação de uma vaga de internação, o que só ocorreu três horas após ela perder a vida.
De acordo com Lokadora, que é presidente da Comissão de Meio Ambiente, Higiene, Saúde e Previdência da Câmara Municipal, e Raul, Eleuses Paiva revelou que o orçamento da pasta foi reduzido de R$ 31 bilhões, em 2022, para R$ 27,8 bilhões, em 2023, e que governo anterior não reservou recursos para aumentar a capacidade de atendimento das duas unidades hospitalares de Bauru.
Por meio de nota, a secretaria informou que "os valores podem ser revistos no decorrer do ano vigente, de acordo com a necessidade e com os recursos disponíveis nas contas públicas do Estado". A tendência, contudo, é que o cronograma previsto pelo então governador Rodrigo Garcia, em 2022, não seja cumprido.
ATRASO
Vale lembrar que, em agosto de 2022, ele anunciou que o HC teria 96 leitos até o fim daquele ano e que estaria em pleno funcionamento até o encerramento de 2023, com 174 leitos, além dos 91 do Centrinho, que foi integrado ao complexo. A unidade, porém, opera com apenas 30 leitos, sendo 10 de UTI, desde quando começou a funcionar como hospital geral, em agosto do ano passado.
O Manoel de Abreu também conta com 30 leitos para cuidados prolongados, além de tratamento em tisiologia (tuberculose) e psiquiatria, sendo que a previsão era de que alcançasse a metade do total de 79 vagas até julho de 2022. "Ficamos estarrecidos com as informações que recebemos. O custeio dos leitos anunciados não está no orçamento deste ano, que, por regra, é definido no ano anterior. E Bauru tem um déficit de 61 leitos de UTI, se considerarmos o que preconiza a Organização Mundial de Saúde (OMS)", aponta Raul.
Junior Lokadora também reproduziu ao JC a mesma fala feita pelo secretário e acrescentou que, além da dificuldade para ampliar leitos no HC e Manoel de Abreu, a pasta também não possui, até o momento, recursos para a necessária reforma do Hospital de Base. "É algo muito preocupante. Diante desse contexto, ele reforçou que Bauru deveria providenciar um hospital municipal", frisa.
Durante a reunião, Raul e os vereadores entregaram uma lista sobre os investimentos de que hospitais públicos de Bauru e região precisam, elaborada durante audiência pública realizada no último dia 24 de fevereiro, na Casa do Médico. O secretário, de acordo com o ex-deputado, disse que irá avaliar os pedidos e se manifestar em 90 dias.
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#EDIÇÃO_454 - 31/03/23

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