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VIVER BEM
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Pular o café da manhã aumenta risco de doenças
Pular o café da manhã aumenta risco de doenças
Jejum pode comprometer o sistema imunológico e causar inflamação, diz pesquisa norte-americana
Jejum pode comprometer o sistema imunológico e causar inflamação, diz pesquisa norte-americana
Rodrigo Azevedo/Agência O Globo

Há quem diga que o café da manhã é a refeição mais importante do dia. Outros preferem não comer nada ao acordar. Embora haja evidências positivas para ambos os lados, o mais recente estudo sobre o assunto, publicado na revista científica Immunity, afirma que o jejum matinal pode trazer prejuízos para a saúde. Segundo pesquisadores da Escola de Medicina Mount Sinai, nos Estados Unidos, pular o café da manhã pode comprometer o sistema imunológico e aumentar o risco de doenças cardíacas.
"Há uma consciência crescente de que o jejum é saudável e, de fato, há evidências abundantes dos benefícios do jejum. Nosso estudo fornece uma palavra de cautela, pois sugere que também pode haver um custo para o jejum que acarreta um risco à saúde", diz o autor principal do estudo, Filip Swirski, diretor do Cardiovascular Research Institute em Icahn Mount Sinai, em comunicado.
O objetivo do grupo era entender como o jejum - desde os mais curtos até os mais severos, com 24 horas de duração - afeta a saúde. Para isso, eles realizaram um experimento com camundongos.
FAZ MAL
Os animais foram divididos em dois grupos: um deles tomou café da manhã logo após acordar (o café da manhã é a maior refeição do dia) e o outro grupo não tomou café da manhã.
Em seguida, os pesquisadores analisaram amostras de sangue retiradas de dois grupos de camundongos em três períodos diferentes no período de jejum: imediatamente ao acordar, depois de quatro horas e, por fim, após oito horas.
Os resultados mostraram que os camundongos do grupo em jejum tinham muito menos monócitos na corrente sanguínea ao longo do dia. O mesmo não foi observado naqueles que tomaram o café da manhã. Essas células são glóbulos brancos que desempenham muitos papéis críticos no organismo, desde combater infecções até doenças cardíacas e câncer.
Por exemplo, ao acordar, os animais dos dois grupos tinham a mesma quantidade de monócitos. Mas, depois de quatro horas, os monócitos dos camundongos em jejum foram dramaticamente afetados.
Os pesquisadores descobriram que 90% dessas células desapareceram da corrente sanguínea e o número diminuiu ainda mais em oito horas. Enquanto isso, os monócitos no grupo que tomou café da manhã não foram afetados.
CÉREBRO MAIS ESTRESSADO
Durante a pesquisa, os camundongos continuaram em jejum até alcançar 24 horas. Em seguida, eles foram alimentados. Isso fez com que os monócitos adormecidos na medula óssea voltassem à corrente sanguínea. A rápida distribuição dessas células causou inflamação, minando a resposta imune. Ou seja, em vez de proteger contra a infecção, esses monócitos alterados eram mais inflamatórios, tornando o corpo menos resistente ao combate à infecção.
A equipe da Escola de Medicina Mount Sinai avaliou como o jejum seguido de alimentação afeta a capacidade dos camundongos de combater uma infecção. Após um jejum de 24 horas seguido de 4 horas de alimentação, eles infectaram os camundongos com uma bactéria chamada Pseudomonas aeruginosa, que é uma causa comum de pneumonia em hospitais.
No experimento, os pesquisadores descobriram que certas regiões do cérebro regulavam o comportamento dos monócitos durante o período de jejum. O jejum provoca uma resposta de estresse no cérebro, e o sistema imunológico responde a esse sinal de estresse chamando as células imunes para a medula óssea e, depois de comer, inundem a corrente sanguínea novamente.
Segundo os autores, mais pesquisas são necessárias para conhecer todos os efeitos do jejum nos vários sistemas do corpo. Além disso, como o estudo foi feito em ratos, ainda não é possível afirmar que esses resultados irão se repetir em humanos.
Há quem diga que o café da manhã é a refeição mais importante do dia. Outros preferem não comer nada ao acordar. Embora haja evidências positivas para ambos os lados, o mais recente estudo sobre o assunto, publicado na revista científica Immunity, afirma que o jejum matinal pode trazer prejuízos para a saúde. Segundo pesquisadores da Escola de Medicina Mount Sinai, nos Estados Unidos, pular o café da manhã pode comprometer o sistema imunológico e aumentar o risco de doenças cardíacas.
"Há uma consciência crescente de que o jejum é saudável e, de fato, há evidências abundantes dos benefícios do jejum. Nosso estudo fornece uma palavra de cautela, pois sugere que também pode haver um custo para o jejum que acarreta um risco à saúde", diz o autor principal do estudo, Filip Swirski, diretor do Cardiovascular Research Institute em Icahn Mount Sinai, em comunicado.
O objetivo do grupo era entender como o jejum - desde os mais curtos até os mais severos, com 24 horas de duração - afeta a saúde. Para isso, eles realizaram um experimento com camundongos.
FAZ MAL
Os animais foram divididos em dois grupos: um deles tomou café da manhã logo após acordar (o café da manhã é a maior refeição do dia) e o outro grupo não tomou café da manhã.
Em seguida, os pesquisadores analisaram amostras de sangue retiradas de dois grupos de camundongos em três períodos diferentes no período de jejum: imediatamente ao acordar, depois de quatro horas e, por fim, após oito horas.
Os resultados mostraram que os camundongos do grupo em jejum tinham muito menos monócitos na corrente sanguínea ao longo do dia. O mesmo não foi observado naqueles que tomaram o café da manhã. Essas células são glóbulos brancos que desempenham muitos papéis críticos no organismo, desde combater infecções até doenças cardíacas e câncer.
Por exemplo, ao acordar, os animais dos dois grupos tinham a mesma quantidade de monócitos. Mas, depois de quatro horas, os monócitos dos camundongos em jejum foram dramaticamente afetados.
Os pesquisadores descobriram que 90% dessas células desapareceram da corrente sanguínea e o número diminuiu ainda mais em oito horas. Enquanto isso, os monócitos no grupo que tomou café da manhã não foram afetados.
CÉREBRO MAIS ESTRESSADO
Durante a pesquisa, os camundongos continuaram em jejum até alcançar 24 horas. Em seguida, eles foram alimentados. Isso fez com que os monócitos adormecidos na medula óssea voltassem à corrente sanguínea. A rápida distribuição dessas células causou inflamação, minando a resposta imune. Ou seja, em vez de proteger contra a infecção, esses monócitos alterados eram mais inflamatórios, tornando o corpo menos resistente ao combate à infecção.
A equipe da Escola de Medicina Mount Sinai avaliou como o jejum seguido de alimentação afeta a capacidade dos camundongos de combater uma infecção. Após um jejum de 24 horas seguido de 4 horas de alimentação, eles infectaram os camundongos com uma bactéria chamada Pseudomonas aeruginosa, que é uma causa comum de pneumonia em hospitais.
No experimento, os pesquisadores descobriram que certas regiões do cérebro regulavam o comportamento dos monócitos durante o período de jejum. O jejum provoca uma resposta de estresse no cérebro, e o sistema imunológico responde a esse sinal de estresse chamando as células imunes para a medula óssea e, depois de comer, inundem a corrente sanguínea novamente.
Segundo os autores, mais pesquisas são necessárias para conhecer todos os efeitos do jejum nos vários sistemas do corpo. Além disso, como o estudo foi feito em ratos, ainda não é possível afirmar que esses resultados irão se repetir em humanos.
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#EDIÇÃO_451 - 28/03/23

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