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29 de março de 2023

HOMENAGEM

HOMENAGEM

“Eterno no coração e agora na pele”, diz irmão de PM do Baep que morreu

“Eterno no coração e agora na pele”, diz irmão de PM do Baep que morreu

Rui Vitor Godoi, irmão mais velho de Mateus Fernandes Godoi e também membro da corporação, destaca a homenagem prestada

Rui Vitor Godoi, irmão mais velho de Mateus Fernandes Godoi e também membro da corporação, destaca a homenagem prestada

Por Guilherme Matos - Especial para o JCNET | 12/03/2023 | Tempo de leitura: 3 min
da Redação

Por Guilherme Matos - Especial para o JCNET
da Redação

12/03/2023 - Tempo de leitura: 3 min

Rui Vitor tatuou no braço a imagem do irmão Mateus, com quem compartilhava tudo e convivia diariamente (foto ampliada no final)

"Ele era meu melhor amigo, meu confidente". É assim que Rui Vitor Fernandes Godoi, de 31 anos, descreve sua relação com Mateus Fernandes Godoi, o policial do 13. Batalhão de Ações Especiais (Baep), que morreu no dia 27 de janeiro após ser alvejado durante um treinamento da equipe. Para perpetuar sua homenagem ao irmão caçula, Rui enfrentou 28 horas de agulhadas para registrar a deferência no próprio braço. "Eterno no coração, nos pensamentos e agora na pele", relata.

No estilo 'preto e cinza', a arte é do tatuador Guilherme Manzin, que desenvolveu o trabalho nos dias 17 e 28 de fevereiro (leia nesta página). A escolha da imagem é reveladora sobre os irmãos policiais militares. Rui é apaixonado pela profissão tanto quanto Mateus foi.

Ele conta que, desde a infância, a dupla já sonhava em viver a rotina dos quartéis.  O pai deles, o policial militar da reserva Rui Franco de Godoi Junior, foi a principal razão da escolha e fomento desse futuro. Ele levava, aliás, os filhos para conviver no meio. "Nas férias de escola, frequentávamos muito o quartel. Foi quando criamos admiração", complementa Rui.

"Tudo o que a gente fazia era junto, nosso ciclo de amizade era o mesmo. Eram muito amor e carinho um pelo o outro", afirma o policial.

CUMPLICIDADE

Crescendo juntos, os irmãos também alimentaram as mesmas perspectivas e sonhos. Por isso, entraram juntos na polícia em 2018, passaram pelo curso de formação juntos e também trabalharam no mesmo batalhão. Rui conta que até mesmo os momentos de lazer eram compartilhados: "não ficamos um dia sem nos ver".

Pelos olhos do irmão, Mateus alguém que dava o sangue na profissão e tinha muito amor pelo que fazia. Dessa forma, nenhuma imagem representaria e eternizaria o policial melhor do que a foto em que ele está fardado, em frente a uma viatura e com o olhar altivo.

João Sant Anna, amigo da família, foi outro que retratou a imagem em sua costela. Além dele, os primos Gabriel Soares, também da polícia, e Júlia Fernandes o homenagearam da mesma forma.

Questionado sobre se continuar na polícia poderia ser um fardo com tantas lembranças do seu irmão, Rui foi taxativo: "Para mim, continuar trabalhando é continuar o legado dele na Polícia Militar. É o ideal dele e eu vou continuar. A luz dele jamais vai se apagar".

Aos 25 anos, o soldado Mateus Fernandes Godoi morreu em 27 de janeiro deste ano, após permanecer dois dias internado na UTI do Hospital de Base por ter sido atingido por um disparo de arma de fogo durante treinamento no 13.º Batalhão de Ações Especiais da Polícia (Baep), em Bauru. Ele foi ferido na região do pescoço. Segundo a corporação, o disparo feito por um colega foi acidental, ocorrido em circunstâncias que estavam sendo esclarecidas.

FOTO

Guilherme Manzin (@masvrtattoo), o tatuador responsável pela obra, contou para o JC que empregou o estilo "preto e cinza" para destacar todos os elementos presentes na foto.

"Tivemos cuidado em trabalhar com foco e desfoque para gerar a profundidade necessária e toda a parte da iluminação também. A imagem de referência passou por um 'supertratamento' de edição para que fosse funcional a aplicação de sombra e luz na pele".

Guilherme conta ainda que não teve a oportunidade de conhecer Mateus, mas que sentiu a responsabilidade do trabalho por conta de toda a emoção envolvendo o caso. Seu objetivo foi levar um pouco de alegria ao cliente e aos familiares. "Coloquei o melhor de mim", afirma.

"Ele era meu melhor amigo, meu confidente". É assim que Rui Vitor Fernandes Godoi, de 31 anos, descreve sua relação com Mateus Fernandes Godoi, o policial do 13. Batalhão de Ações Especiais (Baep), que morreu no dia 27 de janeiro após ser alvejado durante um treinamento da equipe. Para perpetuar sua homenagem ao irmão caçula, Rui enfrentou 28 horas de agulhadas para registrar a deferência no próprio braço. "Eterno no coração, nos pensamentos e agora na pele", relata.

No estilo 'preto e cinza', a arte é do tatuador Guilherme Manzin, que desenvolveu o trabalho nos dias 17 e 28 de fevereiro (leia nesta página). A escolha da imagem é reveladora sobre os irmãos policiais militares. Rui é apaixonado pela profissão tanto quanto Mateus foi.

Ele conta que, desde a infância, a dupla já sonhava em viver a rotina dos quartéis.  O pai deles, o policial militar da reserva Rui Franco de Godoi Junior, foi a principal razão da escolha e fomento desse futuro. Ele levava, aliás, os filhos para conviver no meio. "Nas férias de escola, frequentávamos muito o quartel. Foi quando criamos admiração", complementa Rui.

"Tudo o que a gente fazia era junto, nosso ciclo de amizade era o mesmo. Eram muito amor e carinho um pelo o outro", afirma o policial.

CUMPLICIDADE

Crescendo juntos, os irmãos também alimentaram as mesmas perspectivas e sonhos. Por isso, entraram juntos na polícia em 2018, passaram pelo curso de formação juntos e também trabalharam no mesmo batalhão. Rui conta que até mesmo os momentos de lazer eram compartilhados: "não ficamos um dia sem nos ver".

Pelos olhos do irmão, Mateus alguém que dava o sangue na profissão e tinha muito amor pelo que fazia. Dessa forma, nenhuma imagem representaria e eternizaria o policial melhor do que a foto em que ele está fardado, em frente a uma viatura e com o olhar altivo.

João Sant Anna, amigo da família, foi outro que retratou a imagem em sua costela. Além dele, os primos Gabriel Soares, também da polícia, e Júlia Fernandes o homenagearam da mesma forma.

Questionado sobre se continuar na polícia poderia ser um fardo com tantas lembranças do seu irmão, Rui foi taxativo: "Para mim, continuar trabalhando é continuar o legado dele na Polícia Militar. É o ideal dele e eu vou continuar. A luz dele jamais vai se apagar".

Aos 25 anos, o soldado Mateus Fernandes Godoi morreu em 27 de janeiro deste ano, após permanecer dois dias internado na UTI do Hospital de Base por ter sido atingido por um disparo de arma de fogo durante treinamento no 13.º Batalhão de Ações Especiais da Polícia (Baep), em Bauru. Ele foi ferido na região do pescoço. Segundo a corporação, o disparo feito por um colega foi acidental, ocorrido em circunstâncias que estavam sendo esclarecidas.

FOTO

Guilherme Manzin (@masvrtattoo), o tatuador responsável pela obra, contou para o JC que empregou o estilo "preto e cinza" para destacar todos os elementos presentes na foto.

"Tivemos cuidado em trabalhar com foco e desfoque para gerar a profundidade necessária e toda a parte da iluminação também. A imagem de referência passou por um 'supertratamento' de edição para que fosse funcional a aplicação de sombra e luz na pele".

Guilherme conta ainda que não teve a oportunidade de conhecer Mateus, mas que sentiu a responsabilidade do trabalho por conta de toda a emoção envolvendo o caso. Seu objetivo foi levar um pouco de alegria ao cliente e aos familiares. "Coloquei o melhor de mim", afirma.

Os irmãos Rui Vitor e Mateus, que desde pequenos nutriram admiração pela Polícia Militar

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