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GOLPE DO PIX
GOLPE DO PIX
Novo vírus de celular altera valor de Pix e ainda muda destinatário
Novo vírus de celular altera valor de Pix e ainda muda destinatário
Malware explora falha do próprio usuário e não do sistema Pix ou de aplicativos bancários, alerta especialista da área
Malware explora falha do próprio usuário e não do sistema Pix ou de aplicativos bancários, alerta especialista da área
Samantha Ciuffa/JC Imagens

Especialistas identificaram um novo tipo de golpe envolvendo o Pix. Os cibercriminosos desenvolveram um vírus de celular que intercepta as transações feitas nos aplicativos das instituições financeiras para alterar o valor da transferência e o destinatário do dinheiro, sem que o usuário perceba. Para evitar ter seu aparelho infectado, é importante não instalar aplicativos de fontes não oficiais e não acessar links desconhecidos.
O advogado Maurício Augusto de Souza Ruiz, que é presidente da Comissão de Proteção de Dados da OAB Bauru e também preside o Conselho Municipal de Ciência, Tecnologia e Inovação, afirma que o novo malware (software malicioso), chamado BrasDex, não explora qualquer falha do Pix ou dos aplicativos das empresas em si, mas sim do celular do próprio usuário, que geralmente tem sistema operacional Android.
Para isso, os criminosos usam de propagandas chamativas, como grandes promoções ou falsas oportunidades de trabalho que darão alto retorno financeiro, para fazer com que a possível vítima acesse um link desconhecido e instale no aparelho o programa que está infectado pelo vírus.
"Quando a pessoa executa o tal aplicativo, o vírus é ativado e passa a monitorar as atividades do telefone. No momento que o usuário acessa a conta bancária para realizar um Pix, o vírus cria uma tela falsa, parecida com a verdadeira do aplicativo, para a pessoa pensar que a operação ocorre normalmente. O criminoso altera o destinatário e o valor da transferência. A pessoa coloca a senha e conclui a transação. Descobre o golpe ao conferir o comprovante, que mostra para quem e qual valor foi realmente transferido", explica Ruiz.
Os bandidos também costumam usar dados fraudados de terceiros para abrir as contas que receberão essas transferências, o que dificulta ainda mais a identificação dos verdadeiros autores.
CUIDADOS
Para evitar ser vítima do golpe, a principal dica do advogado é, ao navegar pela Internet, ter cautela. "Não baixe arquivos, instale aplicativos ou acesse links desconhecidos ou sites que você não confia; mantenha o aparelho com antivírus e com o sistema operacional atualizado; baixe somente aplicativos nas lojas oficiais, como o Google Play e Apple Store. E, quando baixar, limite o acesso às suas informações pessoais", detalha.
Outra indicação é reduzir o limite de transferência diário do Pix no aplicativo do banco, para evitar grandes prejuízos. No entanto, caso já tenha sido vítima dos criminosos, o usuário precisa reforçar os cuidados.
"Nem sempre somente desinstalar o aplicativo fraudulento será suficiente. O ideal é que, após o backup das informações essenciais, como contatos, fotos e mensagens, o aparelho seja resetado. Mas, caso isso não seja possível, é importante, além de deletar o aplicativo, passar o antivírus no celular", conclui Maurício Ruiz.
Especialistas identificaram um novo tipo de golpe envolvendo o Pix. Os cibercriminosos desenvolveram um vírus de celular que intercepta as transações feitas nos aplicativos das instituições financeiras para alterar o valor da transferência e o destinatário do dinheiro, sem que o usuário perceba. Para evitar ter seu aparelho infectado, é importante não instalar aplicativos de fontes não oficiais e não acessar links desconhecidos.
O advogado Maurício Augusto de Souza Ruiz, que é presidente da Comissão de Proteção de Dados da OAB Bauru e também preside o Conselho Municipal de Ciência, Tecnologia e Inovação, afirma que o novo malware (software malicioso), chamado BrasDex, não explora qualquer falha do Pix ou dos aplicativos das empresas em si, mas sim do celular do próprio usuário, que geralmente tem sistema operacional Android.
Para isso, os criminosos usam de propagandas chamativas, como grandes promoções ou falsas oportunidades de trabalho que darão alto retorno financeiro, para fazer com que a possível vítima acesse um link desconhecido e instale no aparelho o programa que está infectado pelo vírus.
"Quando a pessoa executa o tal aplicativo, o vírus é ativado e passa a monitorar as atividades do telefone. No momento que o usuário acessa a conta bancária para realizar um Pix, o vírus cria uma tela falsa, parecida com a verdadeira do aplicativo, para a pessoa pensar que a operação ocorre normalmente. O criminoso altera o destinatário e o valor da transferência. A pessoa coloca a senha e conclui a transação. Descobre o golpe ao conferir o comprovante, que mostra para quem e qual valor foi realmente transferido", explica Ruiz.
Os bandidos também costumam usar dados fraudados de terceiros para abrir as contas que receberão essas transferências, o que dificulta ainda mais a identificação dos verdadeiros autores.
CUIDADOS
Para evitar ser vítima do golpe, a principal dica do advogado é, ao navegar pela Internet, ter cautela. "Não baixe arquivos, instale aplicativos ou acesse links desconhecidos ou sites que você não confia; mantenha o aparelho com antivírus e com o sistema operacional atualizado; baixe somente aplicativos nas lojas oficiais, como o Google Play e Apple Store. E, quando baixar, limite o acesso às suas informações pessoais", detalha.
Outra indicação é reduzir o limite de transferência diário do Pix no aplicativo do banco, para evitar grandes prejuízos. No entanto, caso já tenha sido vítima dos criminosos, o usuário precisa reforçar os cuidados.
"Nem sempre somente desinstalar o aplicativo fraudulento será suficiente. O ideal é que, após o backup das informações essenciais, como contatos, fotos e mensagens, o aparelho seja resetado. Mas, caso isso não seja possível, é importante, além de deletar o aplicativo, passar o antivírus no celular", conclui Maurício Ruiz.

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#EDIÇÃO_454 - 31/03/23

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