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30 de março de 2023

RAIOS

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Quantidade de raios que atingiram Bauru quase dobra em 1 ano

Quantidade de raios que atingiram Bauru quase dobra em 1 ano

No total, 30.558 descargas elétricas atingiram a cidade no ano passado, número 89% maior que o contabilizado em 2021, segundo o Elat/Inpe

No total, 30.558 descargas elétricas atingiram a cidade no ano passado, número 89% maior que o contabilizado em 2021, segundo o Elat/Inpe

Por Tisa Moraes | 11/03/2023 | Tempo de leitura: 2 min
da Redação

Por Tisa Moraes
da Redação

11/03/2023 - Tempo de leitura: 2 min

Kathleen Cruz/Divulgação

Raio registrado no Jardim Estoril, no último dia 6 de março

O número de raios que atingiram Bauru quase dobrou em 2022, na comparação com 2021. Segundo levantamento do Grupo de Eletricidade Atmosférica (Elat) do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), foram 30.558 descargas elétricas no ano passado, 89% mais que os 16.156 registros contabilizados no período anterior.

E, somente em janeiro de 2023, já foram detectados 6.085 raios, ante a 2.735 no mesmo mês de 2022. Coordenador do Elat, Osmar Pinto Junior explica que a alta expressiva está intimamente relacionada à maior incidência de tempestades. Para se ter ideia, em Bauru, choveu 1.538,1 milímetros no ano passado, 32% acima dos 1.165,3 milímetros somados em 2021.

Um dos fenômenos que levaram ao aumento de tempestades foi o La Niña, que consiste na diminuição da temperatura da superfície das águas do Oceano Pacífico Equatorial e gera uma série de mudanças nos padrões de precipitação e temperatura ao redor da Terra. "Estamos passando pelo terceiro ano consecutivo do La Niña, que provoca o aumento da incidência de tempestades e raios no Norte e Centro-Oeste, podendo também, dependendo da intensidade deste fenômeno, ocorrer no Sudeste", esclarece.

CONVERGÊNCIA

Pinto Junior acrescenta que a Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS), registrada todos os anos, tem sido mais persistente neste início de 2023, especialmente nos últimos 40 dias, provocando tempestades muito intensas. "Muitas registradas no Sudeste são oriundas de uma banda de nuvens que vem da Amazônia e encontra um sistema frontal do Sul do continente, vindo da Argentina. E esta convergência tem tido maior incidência neste ano em estados como Goiás, Mato Grosso e São Paulo, em que algumas cidades estão registrando recordes históricos de raios", descreve.

Além disso, de acordo com o coordenador, as mudanças climáticas também estão contribuindo, ao longo dos anos, para o aumento da frequência de eventos extremos, como chuvas intensas nesta época do ano e estiagens durante o período mais seco. "O aquecimento da temperatura da Terra tende a aumentar a incidência de raios. A expectativa é de que seja uma elevação lenta, mas estamos em alerta, porque existem vários aspectos que sugerem que estas alterações poderão ocorrer de forma muito mais rápida do que os modelos meteorológicos preveem", completa.

O número de raios que atingiram Bauru quase dobrou em 2022, na comparação com 2021. Segundo levantamento do Grupo de Eletricidade Atmosférica (Elat) do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), foram 30.558 descargas elétricas no ano passado, 89% mais que os 16.156 registros contabilizados no período anterior.

E, somente em janeiro de 2023, já foram detectados 6.085 raios, ante a 2.735 no mesmo mês de 2022. Coordenador do Elat, Osmar Pinto Junior explica que a alta expressiva está intimamente relacionada à maior incidência de tempestades. Para se ter ideia, em Bauru, choveu 1.538,1 milímetros no ano passado, 32% acima dos 1.165,3 milímetros somados em 2021.

Um dos fenômenos que levaram ao aumento de tempestades foi o La Niña, que consiste na diminuição da temperatura da superfície das águas do Oceano Pacífico Equatorial e gera uma série de mudanças nos padrões de precipitação e temperatura ao redor da Terra. "Estamos passando pelo terceiro ano consecutivo do La Niña, que provoca o aumento da incidência de tempestades e raios no Norte e Centro-Oeste, podendo também, dependendo da intensidade deste fenômeno, ocorrer no Sudeste", esclarece.

CONVERGÊNCIA

Pinto Junior acrescenta que a Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS), registrada todos os anos, tem sido mais persistente neste início de 2023, especialmente nos últimos 40 dias, provocando tempestades muito intensas. "Muitas registradas no Sudeste são oriundas de uma banda de nuvens que vem da Amazônia e encontra um sistema frontal do Sul do continente, vindo da Argentina. E esta convergência tem tido maior incidência neste ano em estados como Goiás, Mato Grosso e São Paulo, em que algumas cidades estão registrando recordes históricos de raios", descreve.

Além disso, de acordo com o coordenador, as mudanças climáticas também estão contribuindo, ao longo dos anos, para o aumento da frequência de eventos extremos, como chuvas intensas nesta época do ano e estiagens durante o período mais seco. "O aquecimento da temperatura da Terra tende a aumentar a incidência de raios. A expectativa é de que seja uma elevação lenta, mas estamos em alerta, porque existem vários aspectos que sugerem que estas alterações poderão ocorrer de forma muito mais rápida do que os modelos meteorológicos preveem", completa.

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