Uma mulher de 38 anos foi indiciada por lesão corporal grave após ser apontada como suspeita de lançar uma substância química nas partes íntimas do ex-companheiro durante um encontro ocorrido no dia 9 de junho, em Ponta Grossa, região dos Campos Gerais do Paraná.
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O caso foi divulgado pela Polícia Civil do Paraná (PCPR) nesta segunda-feira (7), data em que a vítima, um homem de 36 anos, ainda permanecia hospitalizada. De acordo com o delegado responsável pela investigação, Derick Moura Jorge, o homem sofreu queimaduras químicas de terceiro grau e necrose na área atingida, sendo submetido a cirurgia de retirada de tecido comprometido, com possibilidade de enxerto de pele.
Os relatos dos envolvidos divergem. A mulher afirmou que foi ameaçada pelo ex-companheiro devido a um novo relacionamento e relatou que houve estupro. Já o homem declarou que ela foi até sua residência para discutir sobre um aparelho celular e que o ato sexual foi consensual.
Segundo a Polícia Civil, o uso da substância química causou lesões consideradas graves e pode resultar em danos permanentes às funções urinárias e reprodutivas do homem.
O inquérito foi concluído com o indiciamento da mulher por lesão corporal de natureza grave. O processo foi encaminhado ao Ministério Público do Paraná (MPPR), que analisará se apresentará denúncia formal à Justiça. A pena prevista para esse tipo de crime pode chegar a cinco anos de prisão.
De acordo com o delegado, as investigações consideraram que a resposta da mulher ao suposto conflito foi excessiva, com uso de meio que não se justifica como defesa pessoal.