Sétimo titular da Secretaria de Desenvolvimento Econômico (Sedecon), o engenheiro Leandro Joaquim pediu demissão do cargo no início desta semana. O próprio Joaquim anunciou a medida durante confraternização do primeiro escalão do governo ocorrida na noite de quarta-feira (4), em Bauru.
O engenheiro estava à frente da pasta havia pouco menos de cinco meses. Assumiu a incumbência após deixar a presidência do Departamento de Água e Esgoto (DAE), agora sob o comando de Renato Purini - que foi renomeado para o cargo há uma semana após ter sido afastado da cadeira da autarquia por decisão da 2ª Vara da Fazenda Pública do município.
O afastamento de Purini veio em resposta a uma ação do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Bauru e Região (Sinserm).
A saída de Leandro Joaquim ainda não foi publicada no Diário Oficial (DO) e também não há informações sobre quem vai substitui-lo na pasta. Segundo a assessoria de imprensa da Prefeitura de Bauru, o engenheiro permanece no cargo até o final deste mês.
"O secretário de Desenvolvimento Econômico, Turismo e Renda, Leandro Joaquim, se reuniu com a prefeita Suéllen Rosim colocando o cargo à disposição, mas segue na pasta até o dia 31 de dezembro. Um novo titular para a pasta vai ser definido no início do ano que vem", afirmou a administração em nota.
Leandro, na verdade, já vinha sinalizando a aliados que pretendia deixar o comando da pasta. Antes de assumir a Sedecon, aliás, ele havia indicado a colegas que a pasta a cujo comando teria preferência é Secretaria de Obras - à frente da qual já esteve neste governo.
A avaliação é de que as atribuições da pasta hoje chefiada pela arquiteta Pérola Zanotto condiz mais com o perfil de Leandro Joaquim - engenheiro civil por formação.
A Sedecon é historicamente marcada por abrigar aliados políticos dos governos de plantão - os sete secretários que já estiveram à frente da pasta evidenciam isso.
O JC apurou que Leandro Joaquim, cujo perfil é mais voltado a setores técnicos, confidenciou a pessoas próximas estar descontente com a falta de recursos da pasta de Desenvolvimento Econômico e também pelas limitações de suas atribuições.
Extraoficialmente, há expectativa de novas mudanças no primeiro escalão no início da próxima gestão da prefeita Suéllen, reeleita neste ano em primeiro turno para exercer mais um quadriênio à frente da prefeitura.
Há possibilidade de mudanças nas secretarias de Saúde, por exemplo, e também na de Assistência Social.