Botucatu - O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), acompanhado da secretária estadual de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística, Natália Resende, inaugura nesta sexta-feira (27), às 14h30, a barragem do Rio Pardo de Botucatu (100 quilômetros de Bauru), batizada de "Prefeito Plínio Paganini". A obra foi construída com recursos da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), que será responsável pela operação da estrutura.
No final de agosto, a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) autorizou a Sabesp a iniciar o enchimento da represa, após a emissão da Licença de Operação a Título Precário (LOTP). "O trabalho deverá ser concluído no prazo de seis meses, até cobrir os 150 hectares previstos, quando deverá ser solicitada a LO - Licença de Operação definitiva", explicou a Companhia, em nota.
Também por meio de nota, a Sabesp informou que a represa do Rio Pardo já está em processo de acumulação de água, após o licenciamento ambiental concedido em 23 de agosto. "A previsão é que esteja em nível cheio ao fim do ano", diz. Segundo a Sabesp, a obra será responsável por ampliar a segurança hídrica em Botucatu, garantindo o abastecimento de água a mais de 140 mil moradores do município.
"Com 10 milhões de m³ de armazenamento e uma área total de 150 ha, o reservatório vai regularizar a vazão do rio Pardo, onde ocorre a captação para abastecer a população, garantindo o fornecimento de água do município em qualquer época do ano para as próximas décadas", ressalta.
A construção da barragem do Rio Pardo foi anunciada pelo prefeito de Botucatu, Mário Pardini, em junho de 2017. Na ocasião, ele lembrou da crise hídrica que o estado enfrentou entre 2014 e 2015, enquanto era superintendente da Sabesp na cidade.
No fim de dezembro de 2018, a prefeitura garantiu junto ao antigo Ministério das Cidades e à Caixa Econômica Federal a carta de crédito do financiamento do valor da obra, orçada em R$ 42,7 milhões.
A assinatura do contrato só foi possível após o cumprimento de diversas etapas, como autorização da Câmara para que o município buscasse financiamento; enquadramento da obra no orçamento do Ministério das Cidades; análise de crédito pela própria Caixa e aprovação da Secretaria do Tesouro Nacional.
No início de 2019, a responsabilidade pela obra foi transferida à Sabesp por meio de contrato aditivo firmado entre Pardini e o presidente da Companhia, Benedito Braga. Posteriormente, uma licitação foi aberta para contratar uma empresa para iniciar os trabalhos.
A represa foi construída nove quilômetros à montante da Represa do Mandacaru, acima da Cachoeira Véu da Noiva, e tem 566 metros de extensão e profundidade entre 15 a 20 metros.