Um portal afiliado à rede
08 de maio de 2024

ADMINISTRAÇÃO

TJ-SP autoriza continuidade da CP que investiga compra de óleo lubrificante em Birigui

Irregularidades na compra de óleo levantam suspeitas sobre sistema de controle de abastecimento.

Por Wesley Pedrosa
da Redação

26/03/2024 - Tempo de leitura: 2 min

Divulgação

Sessão que propõe a cassação do mandato do prefeito Leandro Maffeis Milani estava marcada para o dia 4 de setembro do ano passado, mas foi suspensa

O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) aceitou o recurso da Câmara Municipal de Birigui, autorizando o prosseguimento da Comissão Processante (CP) iniciada para investigar possíveis irregularidades na compra de óleo lubrificante pela Secretaria Municipal de Serviços Públicos.

O pedido de investigação foi apresentado pelos advogados César Augusto Silva Franzói, Juliana Galera de Lacerda, Milton Walsinir de Lima, Elnatã Blazutti de Moraes e Renan Durso Pereira em junho do ano passado.

A sessão para a leitura do relatório da CP, que propõe a cassação do mandato do prefeito Leandro Maffeis Milani estava marcada para o dia 4 de setembro do ano passado. Entretanto, foi suspensa por liminar após mais de uma hora de andamento.

A juíza da 3ª Vara Cível, Cassia de Abreu, justificou a suspensão devido a um mandado de segurança a ser julgado. O recurso foi apresentado pelo presidente da Câmara, José Luiz Buchalla, e pelo presidente da CP, Cesinha Pantaroto.

No despacho do último sábado (23), o relator do recurso, desembargador Paulo Cícero Augusto Pereira, menciona que a Justiça de primeira instância havia entendido que os vereadores que participaram da Comissão Especial de Inquérito (CEI) que originou a CP estariam impedidos de votar pela abertura e de compor a nova comissão.

A defesa argumenta que o relatório da CEI não apresenta precisão ou fatos concretos, sendo apenas um erro procedimental. Destaca ainda que a Lei Orgânica do Município estipula que o resultado da CEI deveria ter sido encaminhado ao Ministério Público pela Presidência da Câmara, e não pelos denunciantes da CP.

Alega ainda que a administração municipal abriu uma sindicância para investigar os indícios de fraude apontados no relatório da CEI, o que descaracterizaria a alegação de omissão do prefeito.

A Câmara Municipal foi consultada sobre os próximos passos e informou que aguarda a publicação da decisão para marcar a sessão de votação do relatório. Já a Prefeitura foi contatada para comentar sobre as medidas a serem tomadas diante da retomada da CP, e aguarda-se resposta.

Entenda o caso
Cinco advogados solicitaram uma investigação mais minuciosa com base no relatório conclusivo da CEI (Comissão Especial de Inquérito), apresentado durante a sessão de junho de 2023. O relatório apontava sinais de desvio de verbas públicas e negligência por parte do Executivo nas compras de óleo lubrificante pela Secretaria de Serviços Públicos.

De acordo com os advogados que assinaram o pedido de abertura da CP, a decisão foi tomada após a leitura do relatório final da CEI na sessão da semana passada. Este documento revelou irregularidades no sistema de controle de abastecimento e aquisição de óleo lubrificante para a frota de veículos municipais, por meio de um contrato com a empresa Link Card.