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01 de maio de 2024

Polícia

Polícia intercepta negociação e apreende carro de motorista assassinado

Por Lauro Sampaio
22/03/2023 - Tempo de leitura: 2 min
Priscila Andrade

Priscila Andrade

Carro Ecosport branco que pertencia ao motorista de aplicativo de Araçatuba Glauber Humberto Florentino

 Polícia intercepta negociação e apreende carro de motorista assassinado

 A Polícia Civil de Araçatuba conseguiu resgatar ontem (21), o carro Ecosport branco que pertencia ao motorista de aplicativo de Araçatuba Glauber Humberto Florentino, que foi assassinado, há duas semanas, num canavial de uma cidade da região. O acusado pelo crime, Luis André Justimiano, 35, já preso temporariamente após o crime, vendeu o carro da vítima para um homem da capital paulista, que teria vindo até Araçatuba, de caminhão, buscar o automóvel. O valor pago foi de 9 mil reais. No mercado oficial, o modelo do carro custa R$ 50 mil. Segundo investigadores do (DH) Departamento de Homicídios da Polícia Civill de Aracatuba, o veículo seria vendido no mercado clandestino para um desmanche no Paraguai, mas toda a negociação foi interceptada pelo serviço de inteligência da Polícia Civil local.

O receptador já foi identificado e deverá prestar depoimento por vídeo-conferência ainda nesta semana. O homem, que não teve o nome revelado, vai responder por receptação dolosa. O automóvel foi trazido de São Paulo na carroceria de um guincho, na manhã desta terca-feira, 21, e, depois de ser periciado pela equipe da Polícia Centifíca, será devolvido a família da vítima.

O CRIME 

O motorista de aplicativo, Glauber Florentino, foi assassinado por Luis André Justimiano, depois de ambos marcarem um encontro amoroso pela internet. Segundo a Polícia Civil, ambos se desentenderam dentro do carro, a caminho de Pereira Barreto, e o acusado desferiu várias pauladas na cabeça de Florentino, que desmaiou. Depois de assassinar o motorista de aplicativo,  Luis André confessou que cavou um buraco raso num canavial e enterrouu o corpo. Ele foi preso dois dias depois do homicídio porque rastreou o computador da vítima e descobriu que havia várias mensagens trocadas entre eles combinando o encontro.

Na delegacia, o acusado confessou o crime com riqueza de detalhes e disse ter vendido o carro da vítima e resetado o celular de Florentino. Ele alegou que sofreu um surto psicótico no momento do crime e que tem transtorno bipolar e depressão. No mesmo dia, a polícia conseguiu obter um mandado de prisão temporária por 30 dias, que poderá ser renovado ou transformado em prisão preventiva.