Já falei aqui prezado leitor, sobre a Lei de Parreto e como ela permite melhorar a rentabilidade e a produtividade da carteira de clientes. Hoje proponho um novo desafio, identificar aqueles clientes que jamais deveríamos atender.
Isso mesmo, existemclientes que você se "entorta todo" e tenta de tudo para agradar e eles nunca ficam satisfeitos.Isso é comum, mas não deveria ser normal.
Sabe quando você vende pão doce e o cliente quer salgado, e se o desconto é à vista, ele quero mesmo desconto à prazo, se a entrega é em dois dias, ele quer receber hoje. Todo esse desgastante tem uma só origem; a falta de conhecimento técnico.
Assim profissionais liberais, empresários e vendedores querem vender para todo mundo indistintamente, sem saber que esse é o caminho do fracasso, pois assim eles: 01- Não tem uma política de trabalho clara, 02- Não informam essa política e seus benefícios ao cliente,03- Não treinam sua equipepara fazer a política de trabalho funcionar, 04- Não identificam para quem trabalharão melhor que a concorrência, 05-Não desenvolvem diferenciais específicos para esse público-alvo, 06- Não sabem criar e vender uma proposta irrecusável, 07- Não dão garantiaefetiva 08- Não entendem que vender para qualquer um gera custos crescentes, 08- Ignoram que sua imagem e valor de marca serão corroídos, 09- Não sabem dizer não, 10- Não planejam o negócio / atividade para suportar o tempo necessário até de conseguir o reconhecimento dentro do segmento alvo.
O tema é complexo, porém estes 10 erros acontecem em muitas empresas, e fazem com que todos os esforços direcionados ao sucesso não funcionem por que eles nunca foram direcionados para absolutamente ninguém.
Vender para todo mundo, é em sí uma paradoxo, pois se tenho uma oferta real, ela atenderá a um perfil, mas não a outro, e se a venda equivocada ocorrer, não foi uma venda, foi só um tiro no próprio pé. Uma da maiores lições que aprendi em mais de 35 anos vendendo se resume a responder acertadamente a duas perguntas: Com quem farei negócio e com quem jamais negociarei.
E se eu errar, sinceramente espero que aqueles com quem eu jamais deveria transacionar acertem e não negociem comigo, exatamente pelos mesmos motivos. Afinal quem diz que o cliente sempre tem razão?
Marcelo Prates é consultor empresarial.