21 de dezembro de 2025
Artigo

Ecocídio - Por Francisco Moreno

Por Redação |
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O "mandamento "não matar", assegura o valor da vida humana, …devemos dizer "não a uma economia da exclusão e da desigualdade social". Esta economia mata. (…)" () Na ONU, a ativista Greta Thunberg, disse ser acusada de alarmista. Contrapôs alegando: "é normal uma pessoa entrar em pânico quando vê sua casa pegando fogo". E nos acusou de se sermos traidores e imaturos. Governos "deitam e rolam" fazem o que querem com recursos naturais, a troco de discussões ideológicas.

Enquanto contávamos os 72 mil focos de incêndio na Amazônia, ninguém se deu conta da destruição do Cerrado no centro-oeste, a "caixa d'água" dos Biomas. Neste furdunço, o governo nos surpreende com a licitação para explorar petróleo e gás nas bacias sedimentares marítimas de 29.3 mil Km² na costa atlântica, atingindo Abrolhos, um dos maiores bancos de corais do mundo. Coisa que o Vice-Presidente da República bem disse, que é no mar aonde o oxigênio é feito.

Sim, pelos fitoplânctons alojados nestes corais. Alguém por favor, lembra ele. Poderá ser tarde, quando ele chegar aqui na nova rodoviária. Desmatamento, não é exclusividade "Bolsonarista". Na gestão de Dilma Rousseff (de esquerda), foram desmatados aproximadamente 8.000 km² em dois anos do seu governo. O "progressista" Evo Morales, permitiu desmatar 500.000 hectares na selva boliviana, sob pressão da indústria da soja, promovendo uma "pop" expansão da agricultura intensiva. No Equador, outro governo de esquerda, fez "vistas grossas" ao desmatamento para a explorar minérios e petróleo, destruindo a Amazônia Equatoriana, lugar da maior biodiversidade e tribos isoladas.

Ou seja, tanto a direita quanto a esquerda, estão dominadas por manobras capitalistas acirradas, de grupos extragovernamentais, de sistemas macroeconômicos ardilosamente envolvendo governos, num esquema de morte que, com grande eficiência, cria desigualdades e explora a natureza até suas últimas consequências. O embuste da expansão agrícola e da pecuária, de que irão matar a fome da população, margeia pela aniquilação da fonte geradora da vida. É´como desligar os aparelhos da UTI, para dar uma suculenta refeição.

Essa balela de esquerda e direita se digladiando, está ultrapassada, favorece os "mega-ultra-super" empreiteiros que se aproveitam da bagunça, e praticam o denominado ecocídio. Todos governantes são cúmplices. Para extinguir este crime não será votando na esquerda ou na direita. Mas em quem garantir as políticas públicas conferidas nas bases, nos segmentos de toda comunidade.

Coisa que indígenas aprenderam com as ONGs: Comprometimento social, e práticas de conservação. Estudo feito pelo IPCC, as áreas gerenciadas por Tribos de nativos têm taxas muito mais altas de presença de aves, mamíferos, anfíbios e répteis do que outras unidades de conservação, essa maior biodiversidade é conservada graças às práticas e usos da terra das culturas nativas. Chama atenção que estes índios são 5% da população mundial, e conservam quase 80% das áreas nativas do planeta. A chave para acabar o ecocídio está com os povos nativos da Amazônia. ()EVANGELII GAUDIUM No. 53

Francisco Moreno faz parte do Movimento Global Católico de Mudança do Clima