21 de dezembro de 2025
Artigo

O Zelo pelas Filhas - Por Helena Abel

Por Redação |
| Tempo de leitura: 2 min

Eis que falamos tanto sobre as conquistas das mulheres, da autoestima que deve ser elevada, de mulheres que lutam por direitos e igualdade, no entanto algumas coisas têm caminhado na contramão disso. Uma desvalorização do sexo feminino por mulheres que têm confundido liberdade com libertinagem e denegrindo a própria imagem. Muito tempo atrás, as crianças viviam as etapas da vida e hoje vemos meninas se tornando adultas cedo demais, pulando etapas e vivenciando coisas para as quais ainda não têm maturidade. As pessoas têm aceitado tudo com muita naturalidade e, com, isso não percebem os malefícios dessas atitudes ditas modernas. Não havendo maturidade, as meninas estão vivenciando realidades que até então somente as mulheres adultas tinham. A modernidade tem trazido uma sexualidade precoce para os adolescentes que nem têm conhecimento de como funciona direito o seu corpo, uma promiscuidade exacerbada por parte das meninas. A modernidade, a falta de tempo dos pais em cuidar de seus filhos, principalmente das meninas que têm se tornado mulheres cedo demais tem consequências tristes; um número crescente e preocupante de doenças sexualmente transmissíveis nos adolescente entre 14 e 18 anos, crianças de 10, 12 anos carregando outras no ventre e é aceitável, é considerado “normal”. E como falar de direitos para essas adolescentes que são violentadas desde muito cedo pela falta de cuidado, por descuido, pela falta dos valores de família, cada vez mais escassos, não importando classe social. Como falar em empoderamento feminino se, desde cedo, as meninas estão sendo submetidas a situações que elas aprendem como sendo realidade, a não-valorização do corpo que cada vez mais cedo é exposto. Os pais modernos demais têm deixado seus filhos serem engolidos pela modernidade, as meninas perdendo a sua essência e não valorizando a si mesmas. Como falar de autoestima para meninas que são prostituídas pela família em troca de tão pouco, são vendidas por misérias e perderam a infância. Como falar para essas meninas que a vida é bela e que são amadas se estão pelas ruas, jogadas nas calçadas?

Helena Abel é coach para mulheres