Os réus Caio Moreira Vaccas e Matheus Vítor de Oliveira Lagares foram condenados pelo Tribunal do Júri de Araçatuba pelo homicídio de Ricardo Perminio dos Santos, morto em 6 de julho de 2021. O julgamento, conduzido pelo juiz Carlos Gustavo de Souza Miranda, teve início pela manhã e foi encerrado por volta das 2 horas da madrugada desta sexta-feira, 9. Este foi o júri mais longo do ano.
Caio Moreira Vaccas foi condenado a 23 anos de reclusão em regime fechado. Ele foi apontado como o mandante do crime, motivado por uma dívida financeira da vítima.
Matheus Vítor de Oliveira Lagares recebeu pena de 20 anos de reclusão, também em regime fechado, como executor dos disparos que mataram Ricardo.
O juiz determinou a imediata execução das penas, conforme entendimento do Supremo Tribunal Federal sobre a soberania dos veredictos do júri.
A acusação foi feita pelo promotor de Justiça Adelmo Pinho, que demonstrou, com base nas provas e depoimentos, que o crime foi cometido por motivo torpe e com uso de recurso que dificultou a defesa da vítima.
Além do homicídio, os dois réus também foram condenados por corrupção de menor, por envolverem um adolescente na execução. Ainda de acordo com Adelmo Pinho, o MP não tem interesse em recurso, uma vez que os pedidos feitos foram aceitos pelos jurados.
Já a defesa, composta pelos advogados Rodrigo Rister de Oliveira, Gustavo Fornazari e Daniel Madeira, apresentou a tese baseada em negativa de autoria, o que foi negado pelos jurados.
Uma perda sentida
Ricardo era conhecido na comunidade como “Paizão”, apelido carinhoso que refletia seu jeito acolhedor, pacífico e sempre disposto a ajudar. “Era um homem de coração bom, que nunca fez mal a ninguém. Ele só queria trabalhar e cuidar da família”, disse um dos presentes, visivelmente emocionado.
Relembre o crime
O assassinato aconteceu na avenida Brasília, bairro Santa Maria, em 6 de julho de 2021, por volta das 14h45. Ricardo foi alvejado a tiros por Matheus Lagares e um adolescente, enquanto estava desarmado em seu local de trabalho, sem qualquer chance de se defender. A emboscada foi ordenada por Caio Vaccas, que, segundo a acusação, agia como agiota e decidiu eliminar a vítima por conta de uma dívida não paga.
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