JULGAMENTO

Irmãos acusados de participação em homicídio pegam 6 anos de prisão no semiaberto

O Tribunal do Júri de Araçatuba se reuniu na última quarta-feira e sentenciou Tony e Eloy Kobayashi, denunciados por ceder o revólver com que um amigo matou desafeto em 2012

Por Lauro Sampaio | 25/05/2023 | Tempo de leitura: 2 min

Imagem Ilustrativa

Foi apurado pela polícia que Tony, um dos dois irmãos condenados, tinha ciúme de Alef pelo fato de a vítima já ter se relacionado com sua namorada
Foi apurado pela polícia que Tony, um dos dois irmãos condenados, tinha ciúme de Alef pelo fato de a vítima já ter se relacionado com sua namorada

O Tribunal do Júri de Araçatuba condenou na quarta-feira (24) a seis anos e quatro meses de reclusão, em regime semiaberto, os irmãos Tony Marcel Kobayashi e Eloy Kobayashi, denunciados por participação em um homicídio duplamente qualificado praticado na noite de 4 de fevereiro de 2012,

Segundo a sentença do júri popular, ambos forneceram um revólver a um primo que foi autor dos três disparos que mataram um rival do trio, Alef Marques de Oliveira, então com 18 anos. O assassinato ocorreu durante uma festa de aniversário em uma área de lazer localizada rua Almir Rodrigues Bento, no bairro Jardim América.

No sistema semiaberto, o condenado pode trabalhar durante o dia, mas, à noite, precisa ficar recolhido em presídio. Bruno Vinícius de Queiroz, o primo da dupla acusado de ter descarregado o revólver em Alef, foi julgado em agosto do ano passado e condenado a 16 anos de reclusão em regime inicial fechado

Segundo o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), o primeiro júri popular dos irmãos havia sido adiado porque um dos advogados dos réus requereu que fosse ouvido durante o julgamento um delegado que estava de férias. O delegado chegou a ser contatado, mas estava em viagem e não tinha como participar da sessão.

O juiz que presidia o Júri concordou com o pedido da defesa, dispensando os jurados, o representante do Ministério Público, dois advogados de defesa e dois advogados de Andradina que atuariam como assistentes de acusação.

O CASO

Foi apurado pela polícia que Tony tinha ciúme de Alef pelo fato de a vítima já ter se relacionado com sua namorada. Tony foi à festa e os dois se encontraram no evento. Aproveitando que ocorreu uma briga do lado de fora da área de lazer, Eloy teria partido para cima de Alef, sendo contido por pessoas que estavam na festa.

Agredida com socos e empurrões, a vítima teria reagido. Tony pegou um revólver calibre 38 que estava guardado em seu carro e forneceu a arma para Eloy, que a repassou para Bruno.

Bruno teria ido atrás de Alef, que correu para o interior da área de lazer, mas foi atingido por um disparo. Mesmo ferido, ele teria pedido para conversar, mas recebeu mais dois tiros, caiu e morreu no local.

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